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    “Amor ao Próximo” nova obra literária de José Carlos de Almeida: “Há muita gente formada que não tem educação”

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    Por: Iraneth da Cruz
     
    Autor do livro de Língua Portuguesa & Etiqueta “Ensaboado e Enxaguado”, José Carlos de Almeida,. Irá comercializar nessa sexta-feira, dia 15, no Espaço verde Chá de Caxinde, pelas 18 horas, o seu segundo livro intitulado: “Amor ao Próximo”.
     
    Nascido em Luanda, aos 12 de Março de 1968, José Carlos de Almeida frequentou a faculdade de Direito da universidade Agostinho Neto e licenciou-se no mesmo curso pela Universidade Autónoma de Lisboa, Luís de Camões – UAL. Já deu aulas nas escolas: 504 (Ex-Colégio de D. Moisés Alves de Pinho), Escola do II° e III° Níveis “Comandante Gika”, Escola do II° e III° Níveis “Nzinga Mbande”, PUNIV – Centro Pré-Universitário de Luanda, Universidade Lusíada de Angola e Universidade Metodista de Angola.
     
    Foi oficial das FAPLA “Forças Armadas Populares de Libertação de Angola”. Em 1991, preferiu à desmobilização a manter-se nas Forças Armadas de Angola, FAA (Exército Unificado, resultante dos Acordos de Paz para Angola). Também, foi articulista do NOVO JORNAL. Actualmente escreve para o Jornal a República. Sou o “Pensador”. Risos
    Em entrevista ao Platina Line, o escritor abordou assuntos relacionados com o seu novo livro..
     
    Platina Line: Pode nos falar um pouco desse novo livro?
    JCA: O meu novo livro intitula-se «Amor ao Próximo». Associa a instrução à educação. Ou seja, explica questões de língua portuguesa, nomeadamente: os aspectos básicos do português e a educação nas suas diversas vertentes. Infelizmente, há muita gente formada que não tem educação, porque desconhecem determinadas regras comportamentais, talvez porque nunca houvesse alguém que as ensinasse. Por outro lado, falar e escrever bem devem ser uma preocupação de todos, sobretudo dos estudantes e pessoas já formadas, independentemente da área de formação. O «Amor ao Próximo» tem o escopo de ajudar as pessoas que não tenha ou que tenham poucas luzes em relação às regras de convivência social e às regras da língua portuguesa, sobretudo em relação à sintaxe e à morfologia.
     
    O livro também faz menção da pronúncia de algumas palavras. Embora não me preocupe muito com a prosódia, é importante corrigir a forma como alguns locutores e apresentadores de televisão e mestres-de-cerimónias pronunciam certas palavras. Uns pretendendo «enfeitar» as palavras, acabam por cair no ridículo. Porventura, não saibam que o mais importante não é «afinar», ou seja, requintar a palavra. O mais importante é falar bem, construindo frases que respeitem as regras gramaticais. A dicção tem muito a ver com as influências que os falantes tenham ou tenham tido. Muitas vezes, é difícil fugir a essas influências.
     
    Platina Line: Há quanto tempo escreve?
    JCA: Escrevo desde a minha infância. Sempre gostei de escrever. Na minha adolescência, os jovens, particularmente as raparigas tinham cadernos para recolha de autógrafos. Eu gostava de escrever os meus autógrafos com esmero. Assim, fui continuado a escrever.
    Gostava de imenso de ler as revistas políticas, que, a par do Jornal de Angola, eram as minhas principais fontes de leitura. Através da leitura, fui tomando conhecimento da pontuação. A aposta no estudo da gramática consolidou os meus conhecimentos, o que me permitiu redigir os meus textos, as minhas redacções (ou composições) com mais facilidade. As pessoas que tenham um vocabulário mais rico falam com mais fluência e escrevem com mais facilidade e respeitam as regras da elegância da língua.
     
    Os meus professores não acreditavam que era eu que escrevia as minhas redacções. A pedido dos meus colegas ou por minha iniciativa, escrevia as redacções de alguns deles. Sempre gostei de escrever. Por outro lado, os membros da minha família solicitavam-me para que redigisse cartas de pedido.
     
    PL: Quantas páginas tem o livro?
    JCA: O livro tem 235 páginas. Está dividido em seis capítulos, que são: I° OS INTELECTUAIS E A LÍNGUA PORTUGUESA; II° PORTUGUÊS ESQUISITO; III° PRONÚNCIAS; IV° QUESTÕES GRAMATICAIS; V° EXPLICAÇÕES COMPLEMENTARES; e VI° ATITUDES E COMPORTAMENTO.
     
    PL: O que tem a dizer dos escritores angolanos?
    JCA: Os escritores angolanos têm diversificado as matérias de abordagem das suas obras. Num passado recente, os escritores escreviam mais sobre política, pois estavam mais preocupados e concentrados na libertação de Angola e na consciencialização dos angolanos para a luta pela independência. Depois da Independência, os escritores passaram a escrever sobre outras matérias. É assim que actualmente, temos muitos escritores, entre os quais jovens. Contudo, alguns deles precisam apostar no domínio da língua portuguesa.
     
    PL: Por que é que se apega mais em questões como boas maneiras e ética?
    JCA: Como lhe disse, as boas maneiras ficam bem a toda gente. A falta de educação de alguém pode prejudicar as relações humanas entre os colegas, com consequências negativas nas relações laborais. Também pode prejudicar a imagem de uma empresa ou instituição ou ainda a reputação de uma família.
    Há muitos colegas de trabalho e de escola que não se relacionam devido ao mau comportamento de um deles. Além disso, gostamos de estar rodeadas de pessoas bem comportadas. Por outro lado, devemos ensinar as boas maneiras às pessoas para que elas se sintam autoconfiantes, quando estiveres noutros convívios, nomeadamente distantes das pessoas, que amavelmente as possam ajudar. Estar em companhia de pessoas que não saiba estar é desagradabilíssimo. Acredite em mim.
     
    PL: O Seu primeiro livro tem sido um sucesso. Já pensou em deixar o seu legado para alguém da família?
    JCA: Não gosto de influenciar os meus filhos nas opções de formação ou profissionais. Todavia, tenho uma filha que mora em Portugal, a Laura Makiesse, que gosta imenso de escrever. E fá-lo bem. É coerente na apresentação das suas ideias. Acho que, além de idiomas de que gosta, poderá ser uma escritora.
     
    PL: Gostava de acrescentar mais alguma coisa.
    JCA: Acho que já lhe disse o essencial. Muito obrigado pela entrevista! Decerto ajudará na divulgação do livro. Particularmente, agradeço-lhe pela simpatia e desejo bons êxitos nas suas actividades e longevidade ao Portal Platina.
     
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