O jornal informa que o primeiro proprietário do automóvel chamava-se Paulo César Jesus Silva, o qual já esteve preso várias vezes por tráfico de droga e roubo. Foi Silva quem mandou vir o alta cilindrada da Alemanha – apesar de não aparentar não ter posses para o carro de luxo – e quem tratou de trocar a matrícula alemã por uma portuguesa.
Também foi Paulo Silva quem teve um choque frontal, sem vítimas a assinalar, em 2009. A parte lateral direita e a zona frontal do BMW ficaram totalmente destruídas e foi o próprio proprietário quem pagou pelo arranjo, requisitando à seguradora o valor do conserto em forma de indemnização. E a seguradora, a Liberty, concordou, numa situação pouco usual para uma empresa de seguros. Falamos de valores na ordem dos 35 mil euros, pouco mais de um terço do valor real do carro: 90 mil euros.
O SOL afirma que não há registo de que o BMW tenha sido arranjado numa oficina da marca, ficando assim na dúvida se os danos provocados pelo acidente não deixaram marcas nos eixos das rodas, a aparente causa do acidente que vitimou Angélico.
Antes do automóvel ser de Augusto Fernandes, dono do stand que emprestou o automóvel a Angélico na fatídica noite, ainda passou pelas mãos de Sílvio Remelgado, também ele cadastrado por assalto e nome temido na zona de Braga.
Remelgado livrou-se do carro eventualmente e este foi parar às mãos de Augusto Fernandes, do qual era amigo. Sabe-se agora que Fernandes também está a ser investigado por fraude e tráfico de droga. O empresário garante ao SOL que o carro estava em condições: «quando o adquiri estava informado do acidente. Não foi nada de especial. O carro estava em plenas condições», diz Fernandes invocando uma inspecção posterior à reparação que segundo o SOL, não está registada no Instituto de Mobilidade e Transportes Terrestres.