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    Calema: " O Anselmo Ralph para nós é um exemplo a seguir."

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    Calema: ” O Anselmo Ralph para nós é um exemplo a seguir.”

    Os 5 anos de diferença entre os irmãos Fradique Ferreira e António Mendes Ferreira, integrantes da dupla são-tomense Calema, não têm servido de barreiras para o sucesso além das terras do famoso “tchiloli”, teatro de rua. Prova disso, é o mais novo sucesso dos irmãos românticos,  embrionariamente , ” Por amor” com a participação de Kataleya. Os “meninos de Caue, distrito são-tomense,  vêm  velejando pelo oceano musical  já há 6 anos. Em entrevista, cedida pelos meios tecnológicos actuais, a dupla residente em Portugal  revela o amor pela música e o país que os viu crescer,São Tome.

    Por: Judite Silva

    Platina Line (PL): Por que motivo deixam São Tomé?

    Calema (C): Deixamos  São Tomé e Príncipe para aprendermos mais da música, conhecendo, assim, também,  o mundo fora de nossa casa, nossa zona de conforto.

    PL: O quê que foi difícil deixar para trás?

    C: O mais difícil foi deixar os amigos e familiares, sem sombras de dúvidas.Isto tudo, principalmente, por ser a  primeira vez para fora do país ao lado das pessoas que amamos. Contudo, felizmente,  o apoio familiar acabou com estes receios todos.

    PL: Que recordações guardam da vossa infância na terra natal?

    C: As lembranças são tantas que dá vontade de recuar no tempo para revivermos tudo . Por acaso, temos imensas saudades de ir a pesca, praia, o calor humano de São Tome, jogar a bola na chuva, caçar passarinho com fisga, comer cacau na nossa terra, enfim, tudo de bom que  aquela terra pode oferecer.

    PL: Como surge a ideia dos irmãos se juntarem para fazer música?

    C: A ideia é originalmente dos nossos pais. Nós já cantávamos sozinhos nas escolas e o dia que “obrigaram-nos” a cantar juntos fez com que tudo começasse para além do nosso vasto interesse pela música sertaneja influenciou.

    PL: De que maneira, a diferença de idade influência no vosso trabalho como duo?

    C: Sinceramente, a questão da diferença da idade não influência e nunca influenciou basicamente  em nada no nosso trabalho . Nós  aconselhámo-nos muito e respeitamos a opinião de um e do outro.Na nossa opinião,  respeito e a responsabilidade contam muito pra nós.

    PL: No vosso canal no YouTube é visível o número de covers feito pelos Calema, alguns  incluindo o músico angolano Anselmo Ralph. Que importância têm estes temas e artistas na vossa carreira?

    C: Decidimos fazer os “covers” de diversos artistas que nos inspiram e colocar na net com o objetivo de sermos conhecidos por um outro público, divulgando mais a nossa imagem. Os temas que cantamos  ensinaram-nos muita coisa tanto quanto a história desses artistas. Deste modo, o Anselmo pra nós é um exemplo a seguir.

    PL: Como acham que a música são-tomense tem desenvolvido?

    C: A música são-tomense tem desenvolvido muito nesses últimos  tempo e com a criação dos prémios  STP Music Awards, organizado por Daniel Mendes, veio estimular  mais ainda esse crescimento .

    PL: O que vos impulsionou a  participar no The Voice France?

    C: Foi uma decisão momentânea. (risos) Antes de vivermos em Portugal, estávamos na França e um certo dia vimos a publicidade na internet do concurso. Resolvemos nos inscrever, tentando assim a sorte. Infelizmente, não passamos. Porém, a gente sempre a acreditou na vitória em várias formas. Estamos sempre a dizer que somos soldados. Ou seja, lutaremos mesmo quando faltarem-nos forças.  Não podemos desistir de nós e do povo que acredita em nós. 
     

    PL: Não passam no The Voice France, mas vencem o  Lusartist…

    C: O dia em que vencemos o concurso foi especial . Quando ouvimos o nome “Calema” pulamos de muita alegria. Muita gente acreditou nas nossas capacidades, continuando assim por essa vitória. Recebemos, também, uma força imprescindível do nosso manager Alexandre Cardoso e ao Rodolfo Salvado (Distri-records), produtor.

    PL: Muitos afirmam que o tema “Bomu Kêlê”  do vosso primeiro álbum com o mesmo nome, já é uma referência nacional ( STP). Até que ponto concordam com isso?

    C: (Risos). Para nós, assim que a música chegou ao mercado e entrou na boca do povo, ela passou a pertencê-los . É  um orgulho enorme ver algo que criamos no nosso quarto passou a ser uma referência nacional .

    PL: Na primeira edição dos São Tomé e Príncipe Music Awards, voltaram para casa com quatro prêmios. Que significado teve isso para vocês?

    C: O reconhecimento é algo muito importante em qualquer trabalho que fazemos . Os 4 prêmios mostraram o quanto o nosso povo acredita em nós. Sentimo-nos honrados com isso

    PL: Se sentem responsáveis pelo futuro da música do vosso país?

    C: Sim sem dúvidas . Aliás todos nós Santomenses temos uma grande responsabilidade para com o futuro da nossa música. Devemos juntos lutar para que os nosso crioulos mantenham-se sempre vivos

    PL: Já estiveram em Angola a trabalho. Como foi a recepção?

    Sim já tivemos e adoramos o vosso povo. Fomos muito bem recebidos e esperamos voltar brevemente para cantar convosco .

    PL: Podemos esperar colaborações com outros músicos angolanos no futuro?

    C: Apreciamos muito o trabalho dos artistas angolanos e a vossa riqueza cultural.Juntar a magia das duas culturas numa música seria desafio agradável

     

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