Tal como a RNA noticiou, em “primeira mão”, decorre há sensivelmente três horas, na sede da Direcção Nacional de Investigação e Acção Penal (DNIAP), no Largo do Amor, o acto de interrogatório ao empresário Carlos de São Vicente.
O ambiente à volta da DNIAP é calmo e habitual ao verificado em outros dias.
São Vicente chegou antes das 10 horas e o interrogatório começou, precisamente, às 10H10 minutos.
São Vicente apresenta-se nesta audição com dois advogados, entre os quais podemos identificar o Dr. Vicente Pongolola.
Segundo apuramos, o tempo de duração do interrogatório vai depender muito da colaboração de São Vicente às preocupações a serem levantadas na audição, conduzida pelos magistrados João Panguila e Esperança Bulica.
Fontes familiarizadas com este processo garantiram à RNA que altas figuras ligadas à Sonangol podem ser arroladas ao caso.
Carlos de São Vicente é suspeito dos crimes de peculato, participação económica em negócio, tráfico de influências e de branqueamento de capitais. Há fortes possibilidades de, após a audição, ser constituído arguido.
De resto, na tentativa de perceber um pouco mais sobre as incidências deste mediático interrogatório a Carlos de São Vicente, foi convidar o jurista Milonga Bernardo.
No final deste primeiro dia de interrogatório, ficaremos já a saber das medidas de coação a serem aplicadas ao empresário Carlos de São Vicente, suspeito de ter desviado 900 milhões de dólares, actualmente em posse de um banco suíço.