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    Crónica : “Acaba de Me Matar” – A febre das redes sociais e o inconformismo dos angolanos

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    Por: Timóteo Serviço

    Sobre a febre “ACABA DE ME MATAR”, de acordo com as explicações que me foram dadas, percebi que é um manifesto sobre a hostilidade do governo angolano, muito mais relacionado com a recente aprovação do OGE em que “migalhas” são para os sectores chaves de uma sociedade, nomeadamente: a saúde e a educação.

    Há quem diga que esta forma de se manifestar é uma idiotice e há quem ainda diga que quem o faz quer apenas aparecer. Eu digo que manifestação é uma forma de alertar a sociedade e ou expressar opiniões políticas ou sociais, com o objectivo de chamar a atenção da imprensa ou da sociedade civil, quando os direitos e/ou ideais dos protagonistas são esquecidos ou não são ouvidos.

    Para chamar a atenção da sociedade ou imprensa, os manifestantes procuram fazer coisas incomuns, como caminhada em massa, colagem de cartazes nas ruas e/ou publicações nas redes sociais. Quanto ao “ACABA DE ME MATAR”, penso que é uma forma de manifestação, de acordo com a definição universal de manifestação, pois estes jovens, adolescentes e crianças, procuram uma forma de demonstrar os seus incoformismo com a hostilidade do sistema governação do Executivo Angolano, com fotografias tiradas em lugares inapropriados e de forma inapropriada (com bloco no peito, sobretudo). Estes lugares e fotos “absurdas” é o ponto fulcral do manifesto, pois esta absurdidade é o que chama a atenção da sociedade sobre os ideais deste manifesto. Outrossim, as imagens têm uma tamanha significância no que toca a ideia deste manifesto, pois representa o maltrato que o povo sofre como consequência da má governação.

    Se calhar, vão dizer que isso é querer aparecer, mas ninguém faz manifestação trancado no seu quarto para que não seja visto, o objectivo é ser visto para alcançar outro objectivo. Luaty Beirão quando fez a sua greve de fome na cadeia não anunciou apenas para ser notado ou para ganhar protagonismo, mas sim para responsabilizar e chamar à razão às pessoas que o colocaram lá injustamente.

    Entretanto, discordo com quem pense que o povo angolano precisa ser estudado por causa deste acto, pelo contrário, o povo angolano precisa de mais escolas, para que estes jovens, nossos irmãos, nossas irmãs e todos nós possamos estudar e ter as mesmas oportunidades, o mesmo direito de ter saúde e educação nesta sociedade.

    A maioria das pessoas que discorda com este manifesto é das classes média e alta e talvez porque não são serem tão afectadas como os outros é que têm tal opinião. É o que o provérbio angolano diz: Jindungo no olho do outro é fresco. Dizer que “ACABA DE ME MATAR” é absurdo, é dizer ser absurdo o facto de o outro estar a chorar porque tem jindungo no olho!

    #ACABADEMEMATAR

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