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    Crónica: O conforto anónimo das “redes sociais”

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    Por: Sued de Oliveira

    O HIV, Vírus da Imunodeficiência Humana é um lentivirus que está na origem da Síndrome da Imunodeficiência Adquirida e é como uma porta aberta para vários outros problemas que crescem a velocidade da luz enquanto o vírus ganha forma, volume e se espalha pelo corpo até que sejas sucumbido. Nos dias de hoje parece que a Web tenha sido afectada pelo mesmo vírus.

    Parece tudo instável e incontrolável, há factores técnicos e/ou relacionados aos termos de utilização estabelecido por instituições como o Facebook, que fiscalizam acerrimamente a estadia dos seus usuários caso haja alguma violação, atentado à integridade alheia ou pudor, mas hoje, percebe-se que por melhor que façam o seu trabalho, nunca será possível controlar a conduta dos elementos inseridos na sociedade virtual (WEB).

    web

    Parece que o HIV se acomodou por cá e propagou todas as suas 300 formas de destruição e cada usuário se vê afetado pelos danos colaterais no momento em que toma a triste decisão de fazer o “Log In”. É tudo muito doentio, exagerado e tendencioso, porém não pretendemos desenvolver esta crónica baseando-se nas características maliciosas deste “senhor vírus”; o ponto fulcral é o conforto anónimo e a sua proliferação assustadora, a forma como a conduta dos usuários é banalizada, a ponto de ser tudo permissível.

    Será possível que o ambiente de um internauta no mundo real se degrade a ponto de parecer inabitável e, mesmo assim, esse usuário continue no local? É o que indica o panorama actual: somos vitimados e fazemos vítimas, somos repudiados e repudiamos, fartamos os outros e nos fartamos, ofendemos e somos ofendidos, mas porquê? Porque é que não desistimos? Talvez seja pelo conforto, a sensação de dizer e fazer o que se pretende sem desencadear uma série de acontecimentos negativos que voltam contra nós e, principalmente, pelo conforto anónimo.

    O conforto é como todo o resto. A internet é livre e não conhece a diferença entre o bem e o mal, saber discernir fica a cargo do usuário. O que determina a cultura do conforto é o facto de ele ter criado uma linguagem própria, um código para uma determinada rede, que se renova por si só. A missão principal é a disseminação do mal, o mundo tenta lutar contra este código, mas é inútil vencer uma batalha quando não sabemos o que enfrentamos, a sua camuflagem é semelhante a dos super-heróis, que usam identidades secretas com a finalidade de proteger as pessoas que amam, a única diferença é o seu propósito. Em vez de capas ou roupas reluzentes, eles usam Computadores, Tablets, Note books, refastelados na cama ou sofá, puxam o gatilho toda a vez que surge a vontade incessante de disparar no escuro fazendo jus a sua própria mediocridade, tentando determinar a forma como os outros devem pensar, viver e agir, dando vida a vários tipos de preconceitos e estereótipos e, no final do dia, depois de terem destruído a última percentagem de crença e esperança de um alvo aleatório, a sua identidade continua intacta e com credito infinito para se manter anónima, isso é o clímax da covardia.

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