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    Kuduro Global

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    Quando se fala em globalização no seu todo, o que nos vem a mente é a revolução tecnológica, a moda e todos os sonhos de consumo que povoam as mentes de cada cidadão em cada canto deste mundo. A música também. Nesse contexto a música acaba por constituir o item principal pois é através dela que se identificam continentes e culturas. A música une povos, transmite alegria e conforto, é terapêutica, transmite sensualidade, conquista, traz fascínio e acima de tudo é a maior fonte de influência que o Mundo inventou até então. Se pudesse falar de cada estilo musical levaria séculos.

     

    Vou apenas centrar-me num único sabor musical. Falo de sabor porque a música também é sabor. Quando se experimenta um determinado estilo não mais se quer largar, o máximo que se lhe pode acrescentar são outros ingredientes para torna-la ainda mais saborosa ou prazerosa. Sabe bem sentir que o ritmo Kuduro é dos que mais chama atenção além-fronteiras. Sei apenas que a sua origem é Africana, mais concretamente Angolana, claro. Mas de onde provém (vila, bairro, cidade) e quem a divulgou ou seja, o pioneiro, desconheço-o.

    Conheço o ‘’ Sebem, a Titica, Cabo Snoop entre outros pois a lista é infindável. Mas quem é ou foi o pioneiro do Kuduro? 

    Enquanto ‘’aguardo’’ resposta, vou comparando o Kuduro ao ritmo Samba do Brasil que se diz ser uma mistura do Semba-Angolano com alguns ingredientes brasileiros tornando-se no famoso Samba que é dançado em todo o Mundo. Ignoro a verdade sobre a verdadeira origem do Samba, entretanto é a maior identidade do Brasil. Praticamente a sua bandeira. O samba é para o Brasil aquilo que o Kuduro é para Angola e a Marrabenta devia ser para Moçambique. Digo devia pois ainda não é. Entretanto, quem quer que tenha sido o pioneiro do Kuduro talvez não imaginasse a obra-prima que estava a criar. Kuduro surgiu e virou febre. Em todos os lugares de vários cantos do Mundo virou ‘’febre contagiosa’’ e diga-se, deliciosa. Algo que contagia e se quer mais. Falar de Kuduro é o mesmo que falar de um ritmo viral.

    Queiram ou não, o Kuduro é o ritmo que representa a bandeira de Angola e se ergue pelos quatro cantos do Mundo. Tão influentes que os caucasianos querem-no imitar e fazem-no acrescentando sempre uma pitada da sua identidade, mas é Kuduro. É o que se percebe quando se escuta o som ‘’Dança Kuduro’’ do jovem Luso-Frances , Lucenzo ft. Don Omar que diz ser amante acérrimo de Kuduro. Quando fez a música ‘’Dança – Kuduro”, fê-la como uma ode a este ritmo embora não tenha usado os ritmos principais sente-se a base do Kuduro angolaníssimo neste som que se tornou um Hit Global. Alguns Mcs no Brasil usaram também trechos do Kuduro nos seus Funks, e o mais engraçado é vê-los imitar os passos de dança. Programas de Televisão principalmente no Brasil já promoveram concursos de dança com o ritmo Kuduro. Um dos Países que mais se sente o Kuduro para além de Brasil, Portugal, França e até Estados Unidos, é Moçambique. Onde os amantes deste ritmo decidiram até tornar-se ‘’Kuduristas’’ se é assim que se chama quem canta e trabalha com este ritmo. Em Moçambique há amantes ferrenhos do Kuduro e a maioria têm no ‘’SEBEM’’ referência e ídolo. Exemplos como o auto-denominado Presidente Anaconda, Xuxuta-Xuta, Kastelo – Bravo, este último que parece só ter conquistado o verdadeiro sucesso na sua carreira como músico ao investir no Kuduro, sendo que o som do momento em Moçambique é a música Tche Tcherere que para além de Hit, tornou-se um Must em todos os cantos deste País de África. O kuduro veio de Angola, pela internet, via aérea ou por terra, mas a verdade é chegou e impregnou-se na vida de cada cidadão de cada canto desse vasto Mundo. Não se pode ignorar um ritmo que não só faz sucesso mas também se distingue pelo ritmo alegre e contagiante. De Angola para o Mundo, o Kuduro é muito mais que um estilo musical. Kuduro é bandeira. Kuduro é Hino. Kuduro é identidade. Kuduro é África pois não se conhece ate então algum ritmo africano (para alem da kwassa-kwassa no passado) que tenha sido tao cobiçado na Europa e América como o Kuduro. Pede-se mais Kuduro Global.

     

    Continua…

     

    Por: C

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