O escritor colombiano Gabriel Garcia Márquez morreu,esta quinta-feira, aos 87 anos, na sua casa, no México.
Gabriel Garcia Márquez, o perfil
Gabriel Garcia Márquez venceu o Prémio Nobel da Literatura em 1982 e era considerado um dos autores mais importantes do século XX.
Nas últimas semanas o estado de saúde do escritor piorou. Na passada terça-feira, a mulher e filhos do escritor colombiano emitiram um comunicado em que reconhecem que o estado de saúde do escritor era «muito frágil» e sofre «risco de complicações».
«A sua condição é estável, mas é muito frágil e corre risco de complicações de acordo com a idade (87 anos)», lia-se no comunicado assinado por Mercedes Barcha e pelos filhos.
Gabriel García Márquez regressou no início do mês a casa, na cidade do México, depois de uma hospitalização que durou uma semana, em resultado de uma infeção pulmonar e urinária. Agora terá sofrido uma recaída de um cancro linfático de que sofreu em 1999.
A sua obra «Cem Anos de Solidão» vendeu milhões de cópias e está traduzida em 35 línguas. García Márquez é um dos escritores latinos-americanos mais reconhecidos a nível internacional e autor de obras como «Crónica de uma Morte Anunciada» ou «O Amor nos Tempos de Cólera».
Gabriel García Márquez, um dos maiores vultos das letras latino-americanas, e que colocou no mapa da literatura mundial o estilo conhecido como realismo mágico.
«Cem anos de solidão e de tristeza pela morte do maior colombiano de todos os tempos», escreveu no Twitter o Presidente da Colômbia Juan Manuel Santos, que anunciou quase em simultâneo a morte do escritor.
García Márquez morreu em casa, com sua mulher e os dois filhos a seu lado, informou no Twitter o apresentador da televisão Televisa, Joaquin Lopez-Doriga.
Instalado no México desde 1961, com períodos de estada alternados em Cartagena (Colômbia), Barcelona (Espanha) e Havana, capital de Cuba, García Márquez vivia desde há vários anos retirado da vida pública, e nas suas raras aparições não fazia qualquer declaração aos media.
O escritor não publicava desde 2010, quando foi dado à estampa «Yo no vengo a decir un discurso» («Eu não venho dizer um discurso»).
«Memória das minhas putas tristes», editado em 2004, é assim o último livro de ficção de um autor de causas, que nunca escondeu simpatias políticas, nomeadamente pelo regime cubano de Fidel Castro.