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    Paulo Flores – Alternância política faz parte da evolução de um país

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    Por LUSA

    O cantor angolano Paulo Flores destacou a importância da alternância política para a evolução de um país e defendeu que o povo deve ter mais acesso à educação para que possa “escolher pela sua própria cabeça”.
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    “A alternância política faz parte da evolução de um país, mas todos têm de estar preparados para que isso aconteça (…) Não queremos virar uma Líbia ou um Egipto”, afirmou o cantor em entrevista à Lusa.

    Questionado sobre se a crise económica em Angola está a criar mais agitação social no país, o cantor respondeu que esta já está em curso com uma sociedade civil cada vez mais ativa e reivindicativa, mas também mais ciente dos seus deveres.

    “As manifestações organizadas pelos jovens repetem-se e são reprimidas. Eles manifestam-se contra a falta de um ensino de qualidade e de oportunidades para construir um futuro justo”, referiu Paulo Flores.

    Sobre o processo judicial que o jornalista e ativista angolano Rafael Marques enfrenta por ter escrito o livro “Diamantes de Sangue”, o cantor disse esperar que Angola acabe com as perseguições e entenda, antes que seja tarde demais, que Rafael Marques e outras pessoas contribuem para um país melhor.

    Educação, informação e cultura são, nas palavras de Paulo Flores, a chave para uma Angola mais “justa e solidária”, sendo a contribuição dos artistas essencial para o desenvolvimento do país.

    Paulo Flores recorreu a um ditado popular para explicar o que se passa em Angola: “Quando os elefantes lutam o capim é que sai pisado”.

    O artista mostrou-se também preocupado por a “Europa estar a virar à direita” e a extrema-direita a ganhar cada vez mais protagonismo.

    Paulo Flores chamou ainda a atenção para a “desgraça no Mediterrâneo”, onde milhares de pessoas já morreram a bordo de embarcações, acusando os italianos de estarem apenas preocupados em proteger o seu território da imigração.

    O cantor, nascido em Angola, veio para Portugal ainda em criança, mas nunca deixou de visitar o seu país de origem.

    Em 1988, com 16 anos, gravou o seu primeiro álbum, “Kapuete Kamundanda”, tornando-se o “pai” da Kizomba (que em Kimbundu significa festa), um género musical conhecido em todo o mundo que mistura o Zouk das Antilhas com ritmos de Angola e do Congo.

    Paulo Flores destacou-se de imediato pelas letras das suas músicas que refletem o estilo de vida e a cultura angolana, bem como os temas da guerra e da corrupção.

    O seu último álbum chama-se “O País que Nasceu Meu Pai” em homenagem ao falecido pai e a toda uma geração que o acompanhou e que apresenta nesta quarta-feira em Lisboa.

    CZB/EL // EL

    lusa/Fim

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