Nos meses de Junho e Julho, o Projecto Serenatas à Kianda traz a Luanda artistas brasileiros consagrados e admirados também em Angola. Idealizado pela produtora angolana Zona Jovem, o projecto homenageia a capital angolana ao assinalar seus 442 anos e proporciona ao público que ama a boa música espetáculos de primeira qualidade.
Nas duas primeiras edições, artistas brasileiros dividem o palco com convidados da terra, e mostram as semelhanças e intersecções de ritmos que ligam Brasil e Angola. Inspirado no apelido de Cidade da Kianda, o projecto faz uma homenagem a Luanda através do nome e das “serenatas” que proporciona aos amantes da música. De acordo com o director executivo da Zona Jovem Produções, Figueira Ginga, Luanda é a inspiração para os shows clássicos do projecto, tendo como linha o estilo musical “trova”, aproximando-se assim do conceito de uma serenata, privilegiando o uso de instrumentos acústicos e essencialmente com voz, violão e percussão, criando um ambiente intimista e de grande proximidade com o público. Cada show do projecto terá um artista angolano e um brasileiro a dividir os microfones.
Para a primeira temporada, estão confirmados três espetáculos: com Filipe Mukenga (Angola) e Jorge Vercillo (Brasil), nos dias 3 e 4 de Junho e com Gabriel Tchiema (Angola) e Maria Gadu (Brasil), a realizar-se no dia 28 de Julho. As apresentações acontecem na Casa 70 e já têm ingressos à venda no local. Jorge Vercillo e Filipe Mukenga O brasileiro Jorge Vercillo tem uma relação estabelecida com Angola. Cá já esteve para subir ao palco, mas também guarda com carinho uma parceria antiga com Filipe Mukenga.
Os dois se conheceram no Rio de Janeiro e o brasileiro entrou para a lista de parceiros de Mukenga. “Gosto muito de Jorge. Depois desse encontro no Brasil nos vimos em Luanda quando contribuí com a composição ‘Quando eu crescer’, que traz trechos em quimbundo. Ele tem muita sensibilidade. Vai ser uma honra cantar com Jorge Vercillo, um nome importante da chamada MPB (música popular brasileira)”, comenta Mukenga. Já Jorge Vercillo declara-se ansioso pelo retorno a Luanda e pelo reencontro com uma sonoridade que tem tudo a ver como seu trabalho. “Estou muito feliz e animado de voltar a minha querida Luanda, terra irmã do Brasil, da Bahia, e encontrar com parceiros como Filipe Mukenga e com músicos como Dodô Miranda”. As duas apresentações no palco da Casa 70 terão uma mistura de ritmos ainda mais eclética do que o próprio trabalho do artista brasileiro, já que faz uma conexão Brasil-África. “Vamos fazer um show levando um pouco dessa musicalidade que nasceu no Brasil, mas que vem da África, que é o planeta som, podemos dizer”, afirma Vercillo.
Os dois artistas sobem ao palco da Casa 70 no dia 3 de Junho, e repetem a dose no dia 4. A promessa é de cantarem juntos algumas canções, além das apresentações individuais de sucessos de suas carreiras.