Nos seus quase 15 anos de história e 6 filmes, Resident Evil já assumiu diferentes formas numa tentativa constante de manter a sua linha actualizada e lucrativa. O derradeiro capítulo da franquia baseado no videojogo conheceu a luz do dia na passada quinta-feira, num evento privado preenchido por personalidades conhecidas do Show Biz, que culminou com a comemoração do primeiro aniversário do Zap Cinema, mas, quanto ao filme, há muito que se lhe diga.
Alice (Milla Jovovich) segue na luta contra “zombies” e monstros mutantes e, como sempre, manteve a postura incansável e destreza defensiva. Após anos de combate, eis que, finalmente, surge a oportunidade para acabar com a Umbrella Corporation, uma empresa fictícia que opera sob uma espécie de monopólio no mercado mundial, que pretende orquestrar um ataque final aos sobreviventes do Apocalipse, um plano mal sucedido graças à grande Alice, que teve a ajuda de velhos amigos, mas nunca tiveram a vida facilitada pelas mãos de Shawn Roberts, interpretando Albert Wesker.
O grande mérito deste desfecho está, não apenas na adaptação com mestria à perspectiva na primeira pessoa, direccionando o foco e dinâmica para um estilo de terror mais sofisticado, mas também por se reinventar dentro do próprio universo, substituindo, ainda que não totalmente, temas militares por um terror mais pessoal e intimista.
De certa forma, o capitulo final traz consigo referências explícitas de filmes clássicos de terror, de massacre, explorados de forma inteligente e revigorante. Ao mesmo tempo, ele nunca deixa que a linguagem cinematográfica interfira na sua forma de se desenrolar com nota negativa ao teor cartunístico exagerado e nota positiva a capacidade de assombrar e divertir nas mesmas proporções.