Durante dez programas transmitidos pela Televisão Pública de Angola (TPA), os telespectadores elegeram as quatro raparigas que formam a primeira banda feminina angolana eleita pelo público. Intitulado Superstars Girls Band, o concurso foi uma iniciativa da TPA, em parceria com a Mukanus Produções e transmitido ao longo de dois meses.
A grande finalíssima, “prendeu” centenas de espectadores que se deslocaram às instalações do Centro de Produção da TPA, em Camama, no passado Sábado, para assistirem ao vivo a gala. A apresentação do concurso esteve a cargo do jornalista Salu Gonçalves.
A Enchente à porta, horas antes do concurso cujo objectivo é a pratica da música evocando a sua componente artística e lúdica, e de competitividade, em beneficio do convívio e da diversão, determinava a aguerrida concorrência entre as cinco candidatas. Uma delas seria a “infeliz” excluída.
“Todas as candidatas, hoje aqui presentes, têm grande capacidade de fazer parte da primeira Superstars Girls Band angolana”, disse Mukanus Charles
O júri, composto pelo professor de dança Mateus Júnior, a apresentadora de entretenimento Imana Matos e o coreografo Mukanus Charles, acompanhou as candidatas durante um período de doze (12) sessões, divididas em quatro fases de casting e oito eliminatórias. Durante as sessões as candidatas beneficiaram de aulas de música, dança e postura em palco.
Uma das estratégias do corpo de jurado para encontrar a primeira integrante da banda foi a autoavaliação, onde as candidatas apontaram uma vencedora entre elas. A feliz contemplada foi a candidata Juelma Neves, apontada com a mais simpática e detentora de uma força contagiante entre as meninas.
COMPETIÇÃO AGUERRIDA
Ana Costa, Iracelma Costa, Elisabeth Filipe, Cristina Gouveia e Juelma Neves foram as cinco candidatas que disputaram a finalíssima do concurso com transmissão em directo pela TPA, com duração de três horas de relógio.
Durante a última gala, para surpresa da plateia e do juri que realçaram que qualquer uma das candidatas já era uma Estrela, as cantoras interpretaram clássicos de músicos angolanos.
Chegado o momento de apuração das quatro finalistas, cada uma das cinco candidatas se apresentou mais uma vez no palco do Superstars. A interpretação de músicas em língua portuguesa foi umas das exigências. Harmonia, postura em palco, apresentação e organização foram alguns dos itens tidos em conta pelos júris.
HORA DO SHOW
A primeira candidata a apresentar-se no palco foi a Elisabeth Filipe, interpretando “Apareça” do cantor angolano Leo. A candidata Iracelma Costa, “reproduziu” a cantora brasileira Ivete Sangalo com o sucesso “Eu Faria Tudo” mas foi infeliz na sua representação, o que lhe custou o afastamento da banda.
Conhecida pelo seu “dom” em interpretar músicas no estilo rap, Cristina Gouveia, “Cris Mc”, interpretou os portugueses Expensive Soul com o sucesso “Eu Não Sei” Ana Costa, interpretou a cantora brasileira Tânia Mara com o sucesso “Se Quiser”. Finalmente, e para completar a eleição da banda, subiu ao palco Joelma Neves que interpretou a cantora angolana Ary, com o trecho “Como Te Sentes Tu”. Antes do Júri anunciar a decisão final, as cinco candidatas foram ainda avaliadas no requisito dança. No fim as candidatas entoaram o hino do concurso.
Cada uma das candidatas eliminadas levou para casa cinquenta mil Kuanzas e terá o direito de gravar duas músicas no estúdio da Rádio Vial. Por sua vez, as quatro felizes contempladas irão a Portugal onde gravarão a sua primeira obra discográfica.
Durante o concurso, o representante da Lotarias de Angola sorteou entre 54 908 votos o número telefónico que mais vezes votou. O sorteado terá a oportunidade de acompanhar as meninas durante a gravação do seu disco em Portugal.
A produção do programa anunciou ainda a realização de um grande espectáculo, onde será apresentado oficialmente o nome da primeira Superstar Girl Band angolana.
O ATRASO
Com início marcado para as 21h00, o concurso que começou com aproximada uma hora de atraso terminou depois das 0h00, o que para parte da assistência foi um grande incómodo, pela localização geográfica, das instalações do Centro de Produção da TPA, em Camama.
“As vias de acesso não estão iluminadas e pelos vistos isso vai até a madruga”, disse Ana Clara.
Entre a plateia, à semelhança de Ana Clara, outras pessoas reclamavam e apontavam os constantes cortes de emissão, devido as falhas técnicas e de energia eléctrica, como um dos motivo para tanta demora.
Reclamações também se ouviam por parte das pessoas que perderam a viagem e não puderam entrar no estúdio de Camama, e das que assistiram a gala de pé, pela escassez de lugares.
“Devido a envergadura do evento a produção deveria optar por realiza-lo num espaço maior, de preferência não tão distante das localidades”, explicou Ana Clara.
Via Jornal o PAis