A ministra das Finanças, Vera Daves de Sousa, reiterou nesta segunda-feira, em Luanda, o compromisso do Executivo angolano com a transparência, responsabilidade e sustentabilidade na gestão da dívida pública. A declaração foi feita durante a apresentação do Plano Anual de Endividamento (PAE) 2025, evento que reuniu representantes da banca, corretoras, empresas públicas e jornalistas.
Desafios e progressos na gestão da dívida
Vera Daves destacou os avanços obtidos nos últimos anos, apesar dos desafios impostos pelo elevado serviço da dívida. “Nos últimos três anos, enfrentamos com perseverança um serviço de dívida gigantesco, em média o equivalente a 16 mil milhões de dólares por ano. Colocamos a dívida com a China, o nosso maior credor, numa trajetória equilibrada”, afirmou.
A ministra também sublinhou a abordagem proativa adotada no mercado internacional, que permitiu antecipar parte do vencimento dos Eurobonds previstos para 2025. “Dos 1,5 mil milhões de dólares inicialmente emitidos, temos um remanescente de 864 milhões de dólares para reembolsar em novembro deste ano”, detalhou.
Mudanças no mercado doméstico
No mercado interno, Vera Daves destacou a alteração no perfil da dívida pública, que hoje se encontra mais desconcentrada, indicando um avanço no objetivo de diversificar as fontes de financiamento e reduzir riscos.
Plano Anual de Endividamento 2025
Durante o encontro, organizado pela Unidade de Gestão da Dívida Pública, foram apresentados os principais números e projeções para 2025, incluindo:
• Fontes de financiamento internas e externas;
• Limites de endividamento previstos;
• Estratégias para garantir sustentabilidade e transparência na gestão da dívida.
O evento também serviu como espaço para diálogo com stakeholders, reforçando a importância da colaboração entre o Executivo e os diferentes setores envolvidos na economia do país.
Com esta abordagem, a ministra Vera Daves reafirma o compromisso do Governo em reduzir os custos da dívida, melhorar a gestão fiscal e garantir maior estabilidade econômica para Angola nos próximos anos.
