A música angolana está de luto com a morte de Chaba, jovem kudurista de 17 anos, vítima de afogamento. O artista, que completaria 18 anos em abril, deixou uma história marcada por desafios, sonhos e determinação.
Chaba saiu de casa em janeiro de 2024, aos 17 anos, após conflitos familiares. O seu pai, contrário à sua escolha de seguir carreira na música, não aprovava o seu sonho de se tornar cantor, o que culminou na sua expulsão de casa. Desde então, Chaba enfrentou a vida com coragem, fixando-se no bairro Paraíso, onde começou a construir seu caminho no kuduro.
Com poucos recursos, vivia com apenas 1.000 Kz por dia e dormia numa caixa improvisada. Apesar das dificuldades, o jovem artista via no trabalho árduo a solução para singrar na vida. Reconhecido por sua autenticidade e letras marcantes, Chaba conquistou o carinho da comunidade e alimentava o desejo de alcançar o estrelato.
Mesmo afastado, Chaba nunca deixou de amar o pai e sonhava com uma reconciliação. “Sabia que ele me amava e sentia falta dele. Tenho noção da educação que ele me deu”, confidenciou a pessoas próximas. Esse sentimento de gratidão e esperança era uma constante na sua vida.
Chaba deixa um legado de luta e inspiração, mostrando que, mesmo com dificuldades, é possível perseguir sonhos. Sua partida precoce é uma perda profunda para o kuduro e para todos que admiravam o seu talento e a sua determinação.