A China se opôs ao plano da Organização Mundial da Saúde (OMS) de realizar uma segunda fase de investigação sobre a origem do coronavírus, incluindo a hipótese de que ele poderia ter vazado de um laboratório chinês.
A entidade recomendou este mês que sejam feitas auditorias de laboratórios e mercados na cidade de Wuhan, pedindo transparência das autoridades.
O vice-ministro da Comissão Nacional de Saúde do país asiático, Zeng Yixin, disse nesta quinta-feira que a iniciativa ‘contraria o bom senso’.
“Não aceitaremos tal plano de rastreamento de origens, pois, em alguns aspectos ignora o bom senso e desafia a ciência”, disse Yixin aos repórteres. Yixin acrescentou que ficou surpreso ao ler a sugestão da OMS pela primeira vez, já que consta a hipótese de uma violação de protocolos de laboratório por parte da China.
O chefe da OMS afirmou, no início de julho, que as investigações sobre as origens da pandemia na China estavam a ser dificultadas pela falta de informações sobre os primeiros dias de disseminação do vírus. Zeng reiterou a posição da China de que alguns dados não podem ser completamente compartilhados devido a questões de privacidade.
“Esperamos que a OMS analise seriamente as considerações e sugestões feitas por especialistas chineses e trate verdadeiramente a origem da Covid-19 como uma questão científica, sem interferência política”, disse o vice-ministro à Reuters.