O serviço internacional de envio de dinheiro da Western Union está novamente disponível para Angola oito anos depois, com um limite de até dois mil dólares por mês.
Suspenso desde 2014, por dificuldades de cambiais no país, a Western Union regressa às operações normais de envio de dinheiro ao exterior de Angola, através dos bancos Millennium Atlântico (BMA), Comércio e Indústria (BCI) e a Unitransfer.
Há ainda a previsão de, nos próximos dias, poder operar também através do Banco de Fomento Angola (BFA) e, paulatinamente incluir outros bancos e casas de câmbios, anunciou quarta-feira, em Luanda, o presidente para Europa, Médio Oriente e África da Western Union.
Jean Claude Farah disse que, neste momento, enviam dinheiro para toda a parte do mundo, excepto ao Irão e a Coreia do Norte, estando, deste modo, o serviço disponível para atender os milhares de angolanos residentes no exterior e outros milhares de estrangeiros que vivem e trabalham em Angola.
Apesar do serviço suspenso desde 2014, explicou, a empresa nunca saiu do país. Apenas deixou de enviar dinheiro de particulares que não tivessem as respectivas divisas, mas sempre apoiou as empresas ou outros clientes com disponibilidade própria.
“Desde que estabeleceu presença em Angola em 2002, a Western Union tem estado empenhada em oferecer aos clientes os canais mais convenientes para fazerem as transferências de dinheiro. Proporcionamos uma ampla gama de opções de formas rápidas e fáceis de enviar e receber divisa em território nacional ou transfronteiriça”, disse Jean Claude Farah.
Conforme esclareceu, em 2014, a queda do preço do barril de petróleo impôs restrições no acesso às divisas em Angola, assim como outras dificuldades de “compliance” que travaram os correspondentes bancários no fornecimento de divisas.
Neste momento, assegurou Jean Claude Farah, com as reformas implementadas pelo Banco Nacional de Angola e apoiadas ainda com a actual alta do preço do barril de petróleo no mercado internacional, há condições efectivas para a retoma normal destas operações.
No encontro que manteve com jornalistas, Jean Claude Farah fez-se acompanhar do vice-presidente Regional para África.
Mohamed Ouazzanni reafirmou ser estratégia para Angola e para África no geral uma abordagem especificamente desenhada para ajustar-se ao caminho que o mundo está a seguir, prestando muita atenção às necessidades dos clientes e com foco na forma como podem dar um apoio mais amplo às comunidades.
“Queremos que todos possam beneficiar do dinheiro em tempo útil”, disse Mohamed Touhami El Ouazzani, tendo acrescentado que, hoje, para além de receber dinheiro, os clientes em Angola podem enviar dinheiro sem dificuldade através de pontos comerciais em mais de 200 países e territórios e, directamente, para contas bancárias em mais de 130 países e territórios em todo o mundo.
Na ocasião, os responsáveis da Western Union disseram aos jornalistas que vão manter nesta quinta-feira um encontro com responsáveis do BNA, onde vão aproveitar pedir que o banco central angolano avalie a possibilidade de, no curto ou médio prazo, o limite autorizado de envio e recepção vir a subir para até cinco mil dólares, valor com que operavam até antes da suspensão do serviço.