A Clínica Girassol reabriu, no início do mês de Junho de 2022, o seu Laboratório de Sono, dedicado ao estudo da qualidade e distúrbios do sono.
A Síndrome de Apneia do Sono (SAS) é o distúrbio respiratório mais prevalente, caracterizada por sinais e sintomas como: Ronco, sensação de sufoco ao dormir, paragens respiratórias, sono agitado, nictúria (necessidade constante de urinar durante a noite) dor de cabeça matinal, sonolência ao longo do dia, bem como dificuldade de concentração.
A apneia é uma paragem momentânea e involuntária da respiração. É muito comum para quem dorme ao lado de alguém que ronca muito relatar o facto de a pessoa, de repente, parar de respirar e acordar num sobressalto. Esta reação é uma resposta do sistema nervoso central à privação de oxigénio no cérebro.
“As alterações anatómicas crânio faciais e da orofaringe como a micrognatia e retrognatia (queixo pequeno e queixo metido para dentro) a rinite crónica, a hipertrofia dos adenóides e o aumento das amígdalas nas crianças, são também causadoras de ronco e de apneia (paragens respiratórias) durante o sono. Os sintomas da Síndrome de Apneia do Sono são devidos ao colapso intermitente das vias aéreas superiores por estreitamento da orofaringe e ou das fossas nasais. As pessoas obesas, com pescoço curto circundado de gordura e com abdómen volumoso têm apneia do sono em 90% dos casos,” declara a médica especialista em pneumologia e competência em medicina do sono, Fátima Caetano.
Todavia, existem outros factores de risco para a manifestação da apneia, entre eles, hipotiroidismo e refluxo gastroesofágico.
Os distúrbios do sono têm um impacto negativo no desempenho das actividades diárias e na qualidade de vida das populações. A Academia Americana da Medicina do Sono alerta que a SAS já é considerada um problema de Saúde Pública, portanto, é factor de risco para a hipertensão arterial, enfarte agudo do miocárdio e acidente vascular cerebral.
“A SAS é mais frequente em indivíduos obesos, do sexo masculino e de meia idade. Nas mulheres é mais frequente no pós-menopausa. Está comprovado cientificamente que a sonolência diurna excessiva devida às paragens respiratórias, despertares e diminuição do oxigénio durante o sono interfere no dia a dia de muitas pessoas e potencializa muito o número de acidentes de trabalho e duas vezes mais de acidentes de viação,” afirma.
Recentemente tem sido descrita a associação entre SAS e a Diabetes Mellitus, evidenciada em muitos estudos que a SAS é um factor de risco da resistência à insulina. A insónia contribui para a depressão, stress, ansiedade, pânico e abuso do tabaco e de álcool.
“A Medicina do Sono ocupa-se do diagnóstico e tratamento dos Distúrbios do Sono para facilitar o desempenho e segurança no trabalho, a redução de acidentes de viação e melhorar a qualidade de vida das pessoas. As pessoas com sonolência diurna, com cansaço ao acordar, que ressonam, que são obesas e que têm hipertensão arterial, diabetes mellitus, doença pulmonar obstrutiva crónica ou profissionais cuja actividade implica muita atenção, nomeadamente, motoristas, pilotos aviadores, devem marcar uma Consulta do Sono para diagnóstico e tratamento das suas queixas. A equipa de profissionais da área está pronta as atender”, concluiu.
O Laboratório de Sono da Clínica Girassol está disponível para atendimento de segunda a sexta-feira. Para informações adicionais, os interessados podem contactar o Serviço de Apoio ao Cliente da Clínica Girassol, pelos números de telefone 933542145/933542144 ou pelo correio electrónico sac@clinicagirassol.co.ao.
