A retomada da concepção de crédito no Banco de Poupança e Crédito (BPC) deve obedecer os critérios nacionais e os princípios da ordem jurídica internacional, assim como as regras das instituições financeiras interessadas a investir em Angola para evitar o deficit da economia nacional.
Esta afirmação foi feita terça-feira, em Luanda, pelo presidente da Comissão Executiva do BPC, Zinho Baptista, tendo referido que a retomada da atribuição de crédito pode ser para breve se até o primeiro trimestre ou semestre do próximo ano serem definidas as áreas prioritárias de actuação para atender a demanda que acorre à banca nacional.
“Os nossos clientes podem ficar descansados porque haverá a concepção de crédito no BPC, mas é necessário que se redefinam os critérios da atribuição de crédito aos clientes para evitar o deficit da economia angolana” acrescentou o responsável.
Em declarações à imprensa, após o acto da assinatura de um acordo de financiamento entre o BDA/BPC, avaliado em trezentos e vinte e cinco milhões de dólares americanos, Zinho Baptista afirmou que o processo de reestruturação do BPC está a ocorrer de forma faseado. Actualmente este processo encontra-se ainda na fase intermédia, referiu.
Quanto ao acto de assinatura do acordo entre as duas instituições financeiras, explicou que visa apoiar a economia nacional no seguimento da diversificação da economia nas suas múltiplas facetas, nomeadamente, os sectores agrícola, industrial e o apoio ao empreendedorismo promovido pelas mulheres.
Por outro lado, o representante residente em Angola do BAD, Septime Martin, disse que a assinatura desta linha de crédito servirá igualmente de uma mola impulsionadora na aceleração da actividade económica para as micro, pequenas e médias empresas, que constituem os agentes económicos criadores de riquezas em qualquer economia do mundo.
Referiu ainda que, no quadro do relacionamento estratégico entre Angola e o BAD, a instituição financeira que representa no país está a actualizar a sua estratégia para o período 2017/2021, que se vai basear essencialmente em dois pilares, nomeadamente, o crescimento inclusivo, através da transformação agrícola e o apoio ao desenvolvimento sustentável, através do financiamento nas infra-estruturas económicas.
Está estratégia, prosseguiu, facilitará o financiamento ao sector agrícola de forma integrada, onde incluirá todas infra-estruturas necessárias para o desenvolvimento sustentável e competitivo.
De acordo com Septime Martin, é também o propósito do BAD continuar apoiar o sector energético, dando sequência do projecto efectuado pela sua instituição financeira em 2015, que provocou várias reformas na área eléctrica.
O acto de assinatura do acordo de financiamento entre o BPC/BAD coube ao ministro das Finanças, Archer Mangueira, Zinho Baptista, presidente da Comissão Executiva do BPC, bem como ao representante residente do BAD, Septime Martin, ladeados do secretário de Estado das Finanças, administradores executivos e membros do conselho administrativo destas instituições.









