O Tribunal da Comarca do Moxico condenou, nesta segunda-feira, 23 de Junho, o cidadão Jones António Chivulukila, de 60 anos e 1.º Sargento das Forças Armadas Angolanas (FAA), a 23 anos de prisão maior, após ter sido considerado culpado por liderar a organização ilegal autodenominada “Manifesto Jurídico-Sociológico do Povo Lunda”, que defendia a criação de um Estado independente sob o nome “Lunda Tchokwe”, com a pretensão de separar seis províncias do território angolano: Moxico, Moxico-Leste, Lunda-Norte, Lunda-Sul, Cuando Cubango e Cubango.
De acordo com uma nota do Serviço de Investigação Criminal (SIC), o julgamento teve início a 3 de Junho de 2025 e analisou 64 acusações, das quais 60 foram consideradas provadas. Entre os crimes imputados a Chivulukila estão Alta Traição, Desobediência, Resistência contra Funcionário, Ofensa Simples à Integridade Física e Associação Criminosa.
Para além da pena de prisão, o arguido foi condenado ao pagamento de 100 mil kwanzas de taxa de justiça, 300 mil kwanzas de indemnização ao Estado angolano (representado pela Polícia Nacional no Moxico) e 50 mil kwanzas de compensação ao agente ferido nos confrontos que estiveram na origem do processo.
Recorde-se que Jones António Chivulukila foi detido a 6 de Junho de 2024 pelo SIC Moxico, após um período em fuga. No mesmo processo, outros 26 membros da organização já haviam sido condenados a 7 de Novembro de 2024, com penas que variam entre 10 anos e 8 meses e 15 anos e 9 meses de prisão maior.
Por: Tânia Pedro