Por: Hélio Cristóvão
Falar de corte e costura no bairro Futungo, município de Belas, é automaticamente falar de Paulo Wilson Fitafita Haluconga, artisticamente conhecido por Wilson Fitafita. O profissional de moda tornou-se nos últimos tempos o fenómeno daquela circunscrição ao criar peças de roupas e acessórios originais característicos da sua marca.
Desde 2016 que decidiu fazer moda, Wilson conta ao PLATINALINE que sempre sonhou ser arquiteto, porém, o destino encarregou-se de levar até si a arte de costurar. Hoje em dia o artista considera-se um estilista, pois, segundo justifica, tem a capacidade de criar e igualmente costurar.
“Actualmente, as pessoas já reconhecem mais o meu trabalho. Na minha localidade, quem não conhece o Fitafita já ouviu falar, já usou uma peça minha ou já procurou os meus serviços com frequência”, disse.
Há 6 anos no ramo, o estilista sublinha que a moda já lhe proporcionou o privilégio de ser financeiramente independente, uma conquista feita com muito trabalho e dedicação. “Meu maior sonho é ter um ateliê grande e chegar ao patamar das marcas como Dior e Luís Vuiton”.
Sobre os eventos de moda mais importantes que já participou, o estilista referencia o Gamek Fashion Day, realizado pela Imperium Models e o Moda Solidária da renomada agência Hadja Models.
Para além de peças de roupas formais e de gala, a marca (Fitafita) produz acessórios como chapéus, bolsas e calçados.
Sobre os maiores impedimentos para a expansão do seu trabalho, o estilista aponta a dificuldade de achar materiais de qualidade no nosso país, sendo que a sua fonte de matéria-prima vem dos mercados formais e informais da cidade capital.
“Fitafita”, segundo conta, significa “reforçar com fita”. O estilista adoptou o nome artístico pelo facto de usar fitas em seus trabalhos.