O presidente da Federação Angolana de Jiu-Jitsu e Disciplinas Associadas e único candidato às eleições para o quadriénio 2025-2028, Luís John, está no centro de uma polémica que envolve alegações de corrupção. O dirigente foi acusado por Walter Panda, outro candidato à presidência, de práticas ilícitas que comprometem a sua gestão.
A controvérsia começou após a divulgação de capturas de ecrã que sugerem que Luís John teria coagido o ex-treinador Tuckeny Virgílio a pagar 300.000 Kz para garantir a sua permanência no cargo. Numa das mensagens divulgadas, Luís John supostamente afirmou: “Não é fácil estar nesta posição, são negócios”, insinuando que as nomeações na federação dependiam de pagamentos.
Adicionalmente, surgiram alegações de que Luís John terá utilizado fundos da Federação para a construção de residências pessoais. A gravidade destas acusações levou à abertura de uma investigação pelo Serviço de Investigação Criminal (SIC), que também apura suspeitas de venda ilegal de passaportes de serviço. Luís John foi anteriormente detido, mas libertado sob termo de identidade e residência, aguardando julgamento em liberdade.
Em resposta às acusações, Luís John negou categoricamente as alegações de Walter Panda, atribuindo-as a desentendimentos pessoais. O presidente afirmou que os 300.000 Kz referidos foram uma oferta do ex-treinador e que o valor já foi devolvido. Esclareceu ainda que as transferências divulgadas datam de 2021 e que o caso envolvendo o SME foi resolvido em 2023, sem qualquer processo-crime em curso contra si. Luís John anunciou que pretende processar Walter Panda por calúnia e difamação, comprometendo-se a defender o seu bom nome na justiça.
Por: Hélder Lourenço