Lisboa – O Governo liderado por Luís Montenegro caiu, esta terça-feira (11), após sucessivos impasses no Parlamento português, agravando a instabilidade política no país. Portugal poderá seguir para as terceiras eleições legislativas em apenas três anos.
A crise política intensificou-se quando o Executivo apresentou uma proposta para suspender os trabalhos parlamentares por meia hora, o que foi recusado pela Assembleia da República. Em seguida, o Governo propôs a criação de uma comissão parlamentar de inquérito com a duração de 15 dias, mas novamente enfrentou a rejeição do Partido Socialista (PS). Por fim, tentou negociar uma extensão até ao final de maio, proposta que também foi recusada pelos socialistas.
A falta de consenso e o isolamento do Executivo no Parlamento levaram à queda do Governo, abrindo caminho para novas eleições num cenário de crescente polarização e instabilidade institucional.
Com este desfecho, Portugal soma mais um capítulo de incerteza política, podendo agora ser chamado às urnas pela terceira vez em três anos. Analistas apontam que a situação revela o desgaste das lideranças partidárias e a crescente dificuldade em formar maiorias sólidas no Parlamento português.
A expectativa recai agora sobre o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, que deverá anunciar nos próximos dias os próximos passos institucionais, incluindo a eventual dissolução da Assembleia e a marcação de novas eleições legislativas.