Sob o tema “Mobilizar Financiamento Privado para o Clima e Crescimento Verde em África”, decorre de 22 a 26 de Maio, na cidade de Sharm El Sheik, no Egipto, o 58º Encontro Anual do Banco Africano de Desenvolvimento e da Associação Africana de Instituições Financeiras, com a participação de uma delegação do Banco de Desenvolvimento de Angola (BDA), chefiada pelo Administrador Executivo, Dr. Arsénio Satyohamba, acompanhado pela Dra Yara Valdez, Sub-directora do Gabinete de Operações Estruturadas (GOE) e o Dr. António Conceição, Sub-director do Gabinete de Estudos e Planeamento (GEP).
O primeiro dia do evento contou com a participação da equipa do BDA no Workshop anual da Associação Africana de Instituições Financeiras de Desenvolvimneto, no período da manhã, sobre o tema: “O papel das DFI´s Africanas em Alcançar a Transição Energética Justa”.
O workshop decorreu em 3 painéis com diversas intervenções, gestores de instituições financeiras, sendo recomendado o seguinte:
1. Maior acompanhamento e resolução dos desafios do clima e das energias renováveis
2. Maior estratégica na transição para as energias verdes; e
3. Aumentar Financiamentos em energias renováveis;
No decorrer da sessão, o Dr Arsénio Satyohamba partilhou as experiências de Angola na área das energias renováveis, realçando que Angola, diferente de outros países da região, criou diversos programas intensivos de energia com perspectivas de energias verdes, sendo a maior parte desses projectos hidráulicos, reduzindo cada vez mais a busca de energias fósseis, ou energia de carvão, e demostrando resultados positivos no sector. Entretanto, o Governo reconhece a necessidade de trabalhar cada vez mais com as instituições financeiras, incluindo o BDA, para fomentar a participação dos pequenos e médios empresários na produção e distribuição de energia para as comunidades, como montagem de centrais de energias solares, projectos de energias eólicas, dos quais podem ser implementados em zonas rurais.
Na prospectiva dos grandes projectos hidráulicos, o Administrador referiu-se que os bancos de desenvolvimento atentam cada vez mais as oportunidades que Angola oferece, tendo em conta as quantidades de barragens hidráulicas construídas, devendo os bancos reforçarem a capacidade de financiar as empresas nas diversas áreas, nomeadamente: manutenção, distribuição e importação de tecnologias. Adicionalmente, manifestou a preocupação de Angola, que enfrenta a seca da região sul do país.
No período da tarde, a equipa dividiu-se em dois grupos, permitindo participar em dois grandes encontros:
1. Assembleia Geral Ordinária da Associação Africana de Instituições Financeiras e de Desenvolvimento, que aprovou a quota adicional anual de USD 700,00 a cada banco membro, na qual participou o Administrador.
2. Workshop sob o tema “Mobilizar Financiamentos para Facilitar a Transição Verde nas Economias Africanas”, na qual participaram os subdirectores do GOE e GE.

