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    Dj Djeff :"Cada vez mais se dá valor ao nacional" em Entrevista Exclusiva

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    O Dj de 25 anos, iniciou a sua carreira como tal em 2002. De nacionalidade portuguesa, é filho de um cabo-verdiano e uma angolana. Djeff tem como nome próprio Tiago Barros e teve os primeiros êxitos em festas de escola. Neste momento actua em várias discotecas e bares.

     

    O Dj Djeff toca no ELinga, Somel . Aos sábados apresenta um top 10 de videoclips nacionais na Tv Zimbo chamado “Made in Angola” e está a preparar o seu álbum de estreia no estilo Afrohouse.

     

    Djeff conseguiu impôr o seu estilo próprio e marcar a diferença por onde passa, devido á enorme simpatia que transmite nas suas actuações e ao grande nível de gosto musical, tocando sempre com muita energia e dedicação. Os seus temas e remixs já fazem parte das playlists  de vários djs por todo mundo.

     

     

    Conta prá nós como foi que você começou sua carreira. O que foi que te direcionou para a música e mais especificamente para o trabalho como DJ?

     

     

    -O gosto pela música já vem desde muito novo, por influencia do meu pai que sempre me habituou a ouvir boa musica e variada tanto em casa como no carro. Apaixonei-me pelo estilo “house music” quanto tinha os meus nove, dez anos graças á minha irmã, ela comprava cassetes com a coletânea “Top Star” onde tinha sempre os grandes sucessos deste estilo musical na altura. Aos meus quinze anos pela primeira vez na vida fui a uma discoteca chamada “Bauhaus” e ai foi o amor há primeira vista. Apaixonei me pela arte do Djin e foi ai que vi que era aquilo que eu gostaria de fazer na minha vida. Desde então comecei a pesquisar mais sobre esta área e de acordo com os meus gostos e sonhos encontrei o Dj Erick MOrillo que até hoje é a minha grande fonte de inspiração.

     

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    Seus sets são conhecidos por serem elegantes, charmosos, sem deixar de serem empolgantes e dançantes. Quando foi que você começou a se dedicar ao estilo malvado que o notabilizou essa pesquisa de ritmos latinos, africanos, brasileiros…?

     

    -Desde já fico bastante contente em saber que é dessa forma que a música que toco é identificada, são muitos anos de trabalho que tenho vindo a desenvolver sobre este estilo musical denominado Soulfull House, visto que é uma vertente do house mais calma e só agora é recebido com mais agrado por mais pessoas.

     

    Mais ou menos a dois, três anos atrás só tocava a música dos outros mas chegou uma altura em que senti a necessidade de começar a criar as minhas próprias músicas e mostrar ao mundo a forma como eu vejo e sinto a música Eu cresci a ouvir vários estilos musicais mas como qualquer africano, a música africana é aquela que nos desperta mais emoções. Desde esse ponto decidi apenas começar a juntar as duas coisas, explorar o estilo que mais gosto que é o House Music juntando com a musica africana e foi assim que comecei a criar os meus primeiros beats.

     

     

    Quais foram suas influências?

     

    A minha grande influência sempre foi e será o Dj Erick Morillo pela forma como ele trabalha e mostra ao mundo o que é um DJ. A nivel musical as minhas influencias vem desde Michael Jackson, Michael Bolton, Brian Adams, Kassav, Tabanka Jazz, Livity, Grace Evora. A nivel de dj´s e produtores, Masters At Work, Boddhi Satva, N´Dinga Gaba, Atjazz, Frakie Feliciano, Quentin Harris, Black Coffee…

     

     

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    Você já viajou por muitos países mostrando seus sets ecléticos. Músicas que muitas vezes não são populares aqui em Angola Como você pode medir a aceitação da música angolana fora daqui, através de sua experiência, por exemplo, em Portugal e Londres ?

     

    -Graças a Deus a carreira como Dj/Produtor ao longo dos anos tem vindo a dar os seus frutos após tantos anos de trabalho e dedicação, prova disso é que só este ano já passei pelos Estados Unidos, África do Sul, São Tomé, Portugal e Inglaterra. Sempre fui apologista que o Dj ou produtor tem de ter uma identidade só assim ele conseguirá marcar a diferença e ser genuíno, na minha opinião o Dj/Produtor deve tocar e produzir a música que realmente sente, gosta e não o que está na moda. Porque as modas passam agora se houver um verdadeiro amor e acima de tudo qualidade no trabalho, tudo será avaliado e recebido perante o público de uma forma muito mais gratificante.

     

    A música angolana está cada vez com mais força, na minha opinião quando existe qualidade seja em que estilo musical for é uma questão de tempo para o processo arrancar. Hoje em dia graças a ferramentas como a internet, uma música em minutos pode atravessar o mundo e espalhar se rapidamente.

     

    Cada vez mais se dá valor ao nacional, o que é muito bom e a música angolana nos variados estilos neste momento é acompanhada tanto em Inglaterra como em Portugal 24/24 horas. É sinal que os músicos angolanos estão de parabéns pelo trabalho que estão a desenvolver.

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    Já faz algum tempo que o acesso à música e às ferramentas de produção foi facilitado, principalmente com a internet. Um aspecto positivo foi a abertura de um novo mercado e uma nova forma de distribuição para artistas emergentes. Como você sentiu isso? Tem coisas boas surgindo na cena?

    Como toda revolução, aspectos negativos puderam ser percebidos também. A banalização do acesso é um deles. Qualquer um pode juntar em pouco tempo um vasto repertório e tocar na noite. Todo mundo quer ser DJ. Isso atrapalha aqueles DJs que fazem um trabalho sério de pesquisa ou o próprio meio acaba separando os bons dos maus profissionais?

     

    -Com todas estas novas ferramentas é verdade que surgiram mais djs e produtores, mas vieram facilitar um pouco as coisas. Antigamente tinhas de gravar as tuas musicas em CD e partilhar com vários djs a musica começasse a tocar, neste momento basta fazeres um post na internet, por exemplo no facebook , fazer um pouco de promoção e rapidamente recebes um feedback de várias partes do mundo.

     

    Coisas boas claro, o movimento House Music cresce dando passos largos a nível mundial, tal como o nome dos djs e produtores. verdade que qualquer pessoa pode juntar umas quantas musicas e começar a tocar, mas para quem percebe minimamente a arte do Djin e ama tocar e não por música vai sentir a diferença. Tem de existir amor, dedicação, esforço, profissionalismo e muito mais, mas ao mesmo tempo é preciso conhecer um pouco da história e saber respeitar a música. -Eu sou uma pessoa que não tenho pressa em ser reconhecido por aquilo que faço, tenho noção que sou profissional no meu trabalho, esforço me muito para conseguir as coisas que quero e o amor que tenho pela música combate seja o que for neste mundo, sei que ao longo dos anos isso irá acontecer. Logo haver muitos djs & produtores ou não, é igual. Dj Djeff só há um hehe lol! =)

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    Em sua opinião, o que falta no cenário musical Angolano ? Quais os entraves para os artistas e músicos que querem conquistar com um trabalho que tenha qualidade?

     

    -Eu acho que para tudo tem de existir uma base sólida dentro do próprio artista me refiro tanto a nível psicológico como a nível musical no meu caso. É preciso estarmos bem conosco próprios e sabermos o que queremos, definirmos as nossas metas e objectivos, trabalhar muito, pois só assim vamos conseguir marcar a diferença perante todos os outros. Não é fazer “uma” música boa ou que toque muito e cruzar os braços há espera que as coisas caiam do céu, eu acho que para sermos reconhecidos temos de mostrar ao mundo que sabemos fazer mais e sempre com qualidade. Outra coisa muito importante é o não estar preocupado com os “outro” mas sim comigo mesmo. É esta a minha forma de ver as coisas. Acho que quando existe qualidade e amor ao que se faz tudo se resume a questão de tempo para tudo começar a acontecer, mas sem esquecer que é preciso acreditar.

     

    O que o Dj Djeff   ouve quando está em casa e quer descansar um pouco, sem pensar com sua mente musical?

     

    -Ouço de tudo um pouco, gosto bastante de musica alternativa, New Jazz, World Music, Soul, R&b, Hip Hop e claro sem esquecer as nossas kizombas e sembas.

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    Se não fosse pela música, o que você faria profissionalmente que o deixasse igualmente satisfeito. O que podemos esperar do Dj Djeff   ? Quais os projetos, quais os planos?

     

    -Eu não me consigo imaginar a fazer outra coisa que me fosse completar a 100%.

    O que podem esperar do Dj Djeff é o que sempre esperaram, estou aqui pronto a trabalhar todos os dias para levar o nome de Angola cada vez mais longe tanto como DJ, como produtor e fazer com que o House Music made in angola seja cada vez mais reconhecido e respeitado mundialmente. nivel de projectos o álbum Malembe Malembe que elaborei com o Dj Silyvi está para breve e a produção musical não pode parar, vem ai muita musica nova.

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