Por: Hélio Cristóvão
Pense numa Mulher inteligente, que viu uma oportunidade, agarrou-a e vai vivendo de acordo às circunstância e descobertas que ainda estão por vir. Djamila Alves, apresentadora do programa Vitrine, da Tv Zimbo, falou em entrevista ao PLATINALINE sobre as suas experiências e ambições na televisão, e suas opiniões em relação à profissão que exerce.
PLATINALINE: Fala-nos do seu início na Comunicação Social. Como e quando foi que surgiu a paixão?
DJAMILA ALVES: Fazer televisão nunca foi uma paixão. Foi uma oportunidade bem aproveitada. Em 2017, surgiu no Instagram um post feito pelo programa Zap News, anunciando castings para a função de repórter no programa. Decidi participar, fui finalista, mas não fiquei com o lugar. No entanto, a Tv Zimbo estava de olho, gostou do que fiz enquanto participante na Zap, e logo depois de perceber que eu não fiquei lá, chamou-me. Fui à uma entrevista de trabalho e logo comecei a trabalhar como repórter no programa “A Tarde é Nossa”. Um ano depois, surgiu um casting interno para o Vitrine, em que participei e ganhei. Hoje sou apresentadora do Vitrine.
PLATINALINE: Após a sua participação no concurso para repórteres do programa Zap News, em pouco tempo, apareceu nas telas da Tv Zimbo. Fala-nos desta passagem!
DJAMILA ALVES: Na altura achei tudo muito assustador, tanto que o medo era sempre: E se eu ganhar? Quando não fiquei com o lugar no Zap News, confesso que foi um alívio, uma vez que a cidade onde vivia, na altura, nem era Luanda. Com medo de abandonar a família, amigos, achei mesmo um alívio. Quando a Zimbo liga para mim, já foi mais fácil de aceitar e gerir tudo, porque foi uma chamada que eu estava à espera. Tive tempo de absorver.
PLATINALINE: Certamente o programa “Vitrine”, que apresenta com o Afro Pupo, foi o primeiro em que é a pivô. Fala-nos desta experiência e da sintonia com o seu colega de estúdio.
DJAMILA ALVES: Acho que todos nós, enquanto crianças, já tivemos brincadeiras em que tínhamos um microfone na mão. Falar nunca foi um problema para mim, sempre soube lidar com o público, quase nunca tive vergonha de alguma coisa. Então, apesar do desafio que é trabalhar em televisão, e sendo que esta é a minha primeira vez numa profissão como esta, sem experiência nenhuma, confesso que eu dou-me muito bem com as câmaras.
PLATINALINE: No mundo da Comunicação Social, quais são as suas referências?
DJAMILA ALVES: Trabalho em televisão há três anos, é um mundo que ainda estou a descobrir, penso que de momento ainda não tenha referências, sendo que ainda não sei bem o que quero dentro desta profissão, e por não saber, não tenho quem seguir. No entanto, sou o tipo de pessoa que gosta de pessoas que se sintam livres, à vontade, genuínas, principalmente em televisão. E preciso saber humanizar. Apesar de no nosso país a comunicação e a forma de estar em televisão ainda serem muito pouco livres, exemplos de pessoas assim na televisão internacional não faltam.
PLATINALINE: Quais são as suas maiores ambições, enquanto comunicóloga?
DJAMILA ALVES: Sempre fui uma pessoa de poucas ambições, estou na descoberta ainda do que quero ao certo.
PLATINALINE: Acredita que foi melhor não ter ficado no programa Zap News? Porquê?
DJAMILA ALVES: Acredito que Deus sabe o que faz. Sinto que as coisas aconteceram tal e qual deveriam ter acontecido. E neste momento, gratidão é o que sinto.
PLATINALINE: Para si, quem é a ou o melhor apresentador de entretenimento em Angola?
DJAMILA ALVES: Acho que apesar das numerosas restrições que existem ainda na televisão angolana, todos os profissionais de televisão conseguem ser únicos, cada um tem a sua forma de ser e estar como profissional, sente-se a diversidade. Como já referi, prezo muito pela genuinidade e carisma, desta forma, penso que os profissionais com quem eu mais me identifique sejam Geovany Comandala e Stela de Carvalho, pela forma como comunicam em todos os sentidos.
PLATINALINE: Quais são os maiores desafios que enfrenta na TV?
DJAMILA ALVES: Fazendo o Vitrine, sem dúvida, a pressão! Mas foi um programa que muito me ensinou e ensina ainda. Contribuiu bastante no último ano para o meu crescimento profissional e pessoal.