Por: Stella Cortêz
Fotos: Carlos Cristóvão
Só quem viveu a “era de ouro” relembrou e matou as saudades dos anos 80 e 90 da música angolana, durante o habitual passeio realizado nas tardes de domingo, porém desta vez, proporcionado por Eduardo Paim e seus convidados.
General Kambuengo, como é também conhecido nas lides musicais, fez o uso do seu vasto repertório para prender os seus fãs de Angola e da diáspora em frente às telas para entretê-los e, claro, angariar o maior número de donativos para ajudar os mais vulneráveis nesta fase de pandemia.
Contente pelo resultado obtido ao longo de aproximadamente quatro horas de espectáculo, porém sem público, o autor de “Coração partido”, “Ilha Maravilha”, “Minha Dalila”, “Chikitita” entre outros sucessos, falou do quão honrado se sente por fazer parte desta iniciativa que tem simbolizado momentos de exaltação ao patriotismo e resgate da identidade cultural angolana.
“Sem antes participar, eu já tinha uma ideia extremamente favorável e positiva em relação à esta iniciativa, porque conseguia sentir como os residentes e nação angolana espalhada pelo mundo convergiam sentimentalmente e culturalmente, o que é de extrema grandiosidade. Depois, tendo participado e quando vimos os outros a passarem, sempre fica aquela coisa: Será que vão me convidar? Será que também farei parte desta história?! Agora que já faço parte, o coração está mais calmo. Estou muito feliz”, disse o cantor.
Com o guião composto por sucessos que o notabilizaram por criar o gênero Kizomba, Eduardo Paim teve, em palco, a companhia de Prado Paim, dos sobrinhos Moreno Paim e Jackes D, e do irmão Nelo Paim. Igualmente contou com a coreografia das primeiras bailarinas do grupo Yaka, um detalhe que tornou a tarde de domingo mais marcante.
