Nas últimas semanas, tem-se observado um intensificar de ataques entre os países do Médio Oriente, o Irão e Israel. Deste conflito, os Estados Unidos já reagiram com um ataque direccionado ao Irão. Muitos poderão perguntar-se: qual é a razão deste conflito? Neste artigo, descobrirá as reais motivações desta contenda que está a dizimar centenas de pessoas nesta zona marcada por décadas de tensão geopolítica e religiosa.
O conflito entre Irão e Israel tem raízes profundas, mas um dos principais pontos de fricção continua a ser o programa nuclear iraniano. Há mais de 20 anos que Teerão é acusado de tentar desenvolver armas nucleares. Embora o governo iraniano insista que o seu programa é exclusivamente para fins pacíficos — como a geração de energia —, Israel e países ocidentais, especialmente os EUA, mantêm fortes desconfianças. A falta de transparência e as restrições impostas à Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA) só têm agravado o clima de incerteza.
Em 2015, foi assinado o Acordo Nuclear com o Irão (JCPOA), que contou com o envolvimento dos Estados Unidos, Alemanha, Reino Unido, França, China e Rússia. Este acordo estabelecia limites ao enriquecimento de urânio e permitia inspeções rigorosas, em troca do levantamento de sanções económicas. Contudo, em 2018, o então Presidente dos EUA, Donald Trump, retirou-se do acordo, alegando que era “deficiente”, o que levou o Irão a abandonar progressivamente os seus compromissos e a retomar o enriquecimento de urânio em níveis preocupantes.
Além das tensões nucleares, o Irão tem sido acusado de financiar grupos armados na região, como o Hezbollah no Líbano e os Houthis no Iémen, o que acentuou o confronto indirecto com Israel, especialmente depois dos ataques do Hamas a território israelita, em Outubro de 2023. Em resposta a essas movimentações, os EUA reforçaram o apoio militar a Israel. A 13 de Junho de 2025, os Estados Unidos lançaram ataques selectivos contra instalações iranianas, que consideraram estar ligadas ao desenvolvimento de armas nucleares e à coordenação de ataques a aliados ocidentais.
O Pentágono declarou que não deseja iniciar uma guerra, mas “responderá a qualquer ameaça com firmeza”. Apesar desta afirmação, o bombardeamento de alvos em território iraniano representou uma mudança de postura e elevou as preocupações da comunidade internacional. Analistas temem agora uma escalada militar mais ampla no Médio Oriente, num cenário em que negociações parecem cada vez mais distantes e o risco de um conflito regional em larga escala aumenta de forma alarmante.
Por: Makiesse Macondo