Por: Sara Rodrigues
À medida que nos tornamos adultos, acumulamos diversas cicatrizes, tanto físicas quanto emocionais. Alguns dizem que a maior perda que um ser humano pode enfrentar é a morte de um familiar, para sempre presente na memória.
Ernesto Bartolomeu, uma das vozes mais reconhecidas do jornalismo angolano, partilhou com o PLATINALINE a dor que ainda perdura no seu coração: a perda da sua avó, a mulher que o preparou para a vida.
Durante a entrevista, Ernesto explicou que a sua avó partiu para a eternidade aos 64 anos e que o homem que ele é hoje é resultado de todos os ensinamentos que recebeu dela.
“A minha avó, Marta Filomena, não possuía nenhuma formação académica, mas transmitiu-me valores que nenhuma academia conseguiria.
Ensinou-me a valorizar pequenos gestos, como expressar gratidão, pedir licença, pedir desculpas, ser fraterno e solidário com os outros, sempre tratando as pessoas com respeito”, partilhou Ernesto.
Com a voz embargada, o Pivô do Telejornal da Televisão Pública de Angola revelou que nos últimos dias de vida da sua avó, ela já não o reconhecia devido à doença que a levou para o eterno descanso.
“Nos últimos anos, devido ao Alzheimer, ela deixou de me reconhecer. Prefiro guardar apenas as melhores recordações da minha avó, Sara”, concluiu com pesar.