Há décadas que arrasa os grandes palcos nacionais e internacionais, o cantor, compositor e produtor angolano, Matias Damásio, contou, neste Domingo (08), em entrevista ao programa “Selo Cultural”, da Televisão Pública de Angola (TPA), que nunca sonhou ser um grande cantor, pois, quando veio à Luanda era para lavar carros, escamar peixe e fazer outros trabalhos.
Para quem olha para ele actualmente, pelo sucesso que faz com as suas músicas a nível nacional e internacional, não imagina que antes de tudo, o principal objectivo de Matias Damásio fosse apenas trabalhar para sobreviver e que ser grande cantor lhe era inimaginável.
“Vim para Luanda para lavar carro, escamar peixe, fazer trabalhos, (…) eu nunca sonhei ser um grande artista, (…) não foi uma coisa que aconteceu na minha vida como sendo idealizado há algum tempo, ou seja, na altura, eu queria comer, eu queria sobreviver diante das dificuldades que tínhamos. Vim para Luanda, eu fui para o Kapossoka, fui para o Roque Santeiro, fui para as ruas e fui trabalhar, esse era o grande propósito, nunca foi ser, nunca na minha cabeça passou que eu fosse ser um grande cantor”, contou.
Nostálgico, o autor de Magui contou ainda que apesar das dificuldades que passou, foi muito feliz, pois, os locais em que esteve, como o caso do Kapossoka e as pessoas que conheceu na altura deram-lhe mar e alegrias.
No seu percurso profissional, Damásio conta com cerca de 40 prémios em Angola e no estrangeiro, dos quais, destacam-se duas vezes Top dos Mais Queridos (2007 e 2013) e o Prémio Lusófono em 2019.
Por: Nunes Hebo