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    Festa de “Réveillon” cancelada: Moçambicanos planeiam golpe de Estado

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    Por: Helder Lourenço

    A situação em Moçambique continua a agravar-se, com os protestos contra os resultados das eleições de 9 de Outubro a gerar uma onda de instabilidade no país. Desde então, diversas manifestações têm ocorrido em várias cidades, de forma faseada, resultando em um número crescente de mortos e feridos. Estima-se que cerca de 88 pessoas tenham perdido a vida e 274 sido baleadas nas últimas semanas.

    O clima tenso atinge agora o seu pico, com os protestos a serem liderados pelo candidato da oposição, Venâncio Mondlane, do partido “Podemos”. Mondlane tem sido uma figura central na contestação aos resultados eleitorais e, nesta Sexta-feira, 6 de Dezembro, foi alvo de uma tentativa de assassinato. Este incidente tem acentuado a revolta de seus apoiantes, que começaram a clamar publicamente por um golpe de Estado, alegando que chegou a hora do partido governante, a FRELIMO, perder o poder.

    Na sua página oficial no Facebook, Mondlane comentou sobre a tentativa de atentado, afirmando que, caso venha a ser abatido, o povo de Moçambique deve avançar com “máxima força” para uma nova fase de resistência. “Mais uma tentativa falhada de me assassinarem. Caso eu seja abatido… o povo todo deve avançar com máxima força para a fase TURBO V8”, escreveu Mondlane, incitando os seus seguidores a intensificar a luta.

    A sua intervenção nas redes sociais também incluiu um pedido claro para que se cancelassem todas as festas de fim de ano, incluindo as de “Réveillon”, além de concertos de artistas renomados que não estivessem alinhados com a sua causa política. A sua mensagem foi amplamente partilhada por seus seguidores, que veem no gesto uma forma de protesto contra o que consideram um regime ilegítimo.

    O cenário político em Moçambique está a viver momentos de grande tensão, com a possibilidade de novas manifestações e confrontos violentos. A pressão sobre o governo da FRELIMO aumenta a cada dia, enquanto a oposição intensifica os apelos por mudanças radicais. A sociedade moçambicana está profundamente dividida, com os desafios de uma democracia ainda jovem e vulnerável a tensões políticas cada vez mais evidentes.

    A comunidade internacional observa com apreensão os desdobramentos da situação, aguardando um desfecho que possa restabelecer a paz e a estabilidade no país.

    Osvaldo
    Osvaldo
    Editor da Platina Line
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