O palestrante e consultor angolano Francisco Destino alertou recentemente para a crescente onda de pessoas sem a devida preparação que se autoproclamam “coaches”. A preocupação foi manifestada durante uma entrevista ao programa Especial Jornal da Platina FM, onde Destino destacou os riscos e impactos negativos que essa prática pode ter sobre indivíduos que procuram orientação profissional.
Francisco Destino explicou que há cada vez mais pessoas a autointitularem-se coaches, mas sublinhou que um profissional de coaching não é um especialista em saúde mental, nem um psicólogo ou psiquiatra. Segundo ele, trata-se apenas de um treinador, cuja função é encurtar caminhos e ajudar a encontrar uma metodologia eficaz. No entanto, enfatizou que muitos desses supostos profissionais ultrapassam os limites da sua função, colocando em risco a saúde mental dos seus clientes.
“O que vejo por aí é que uns se tornam conselheiros e chamam-se coaches, outros fazem terapias e também se intitulam coaches. Isso é um perigo muito grande. É preciso atenção, pois não temos noção real dos danos que muitos desses autoproclamados profissionais estão a causar na vida das pessoas”, alertou.
Na sua intervenção, Destino sublinhou que o coaching deve ser um complemento a uma formação sólida e multidisciplinar, baseada no conhecimento das interações humanas e dos comportamentos sociais, e não uma prática exercida sem qualificação adequada.
Por: Nunes Hebo