Uma bola de futebol assinada por Neymar Jr., símbolo de paixão desportiva para muitos, transformou-se numa peça central de um dos julgamentos mais mediáticos do ano no Brasil. A justiça brasileira não perdoou. Esta segunda-feira (30), o Supremo Tribunal Federal condenou Nelson Ribeiro Fonseca Júnior a 17 anos de prisão, acusado de múltiplos crimes, incluindo o furto da emblemática bola autografada pelo craque Neymar.
O caso captou a atenção da imprensa e do público. A bola, supostamente esquecida no chão da Câmara dos Deputados durante o tumulto, foi apanhada por Nelson, que alegou tê-la “protegido” para depois a devolver.
Nelson, identificado como apoiador do ex-presidente Jair Bolsonaro, acabou por ser uma das figuras do movimento que tentou contestar os resultados das eleições de 2022. O julgamento, realizado virtualmente, terminou com a pesada pena de 17 anos de prisão. Além disso, Nelson terá de pagar cerca de 66 mil reais (aproximadamente 10 milhões de kwanzas) em multas e contribuir, juntamente com outros condenados, para um valor astronómico de 30 milhões de reais (cerca de 5 mil milhões de kwanzas) em indemnizações por danos morais colectivos. A bola, por sua vez, regressou à Câmara dos Deputados.
por Vanilson Gourgel