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    Garota de 12 anos cria fundação para doar sapatos a crianças em Gana

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    Aos 8 anos, em uma viagem a Gana com a família para visitar a tia-avó que mora na zona rural do país, a americana Kerry Koranteng se deparou com uma dura realidade. “Havia muitas crianças vendendo coisas na rua e a maioria delas estava descalça. Fiquei muito triste com o fato de que elas caminham diariamente sem sapatos tentando arrecadar dinheiro para sustentar suas famílias”, lembra ela, hoje com 12 anos.

    Desde então, soube que precisava fazer algo para ajudar essas crianças. No ano passado, ela decidiu fazer da distribuição de calçados sua missão pessoal e passou a sempre defender a causa em concursos de beleza locais dos quais participa. Com a ajuda das doações que recebe e das vendas da loja online de cosméticos que criou, além de uma parceria com uma fábrica de Chicago, onde vive, Kerry tem conseguido levar sua missão adiante.

    Combate ao trabalho infantil também foi em 2020 que a menina criou a Fundação Kerry K para ajudar a aumentar a conscientização sobre o trabalho infantil e fornecer mais sapatos às crianças carentes. “Sinto que o mundo precisa saber sobre o trabalho infantil, especialmente em países pouco desenvolvidos, para que essas crianças pobres possam ser ajudadas. Todos nós podemos ajudar a tornar a vida melhor para essas crianças”, defendeu em um jornal local. Apesar da pouca idade, Kerry entende que o problema social em Gana é estrutural. “A maioria das crianças carentes está em áreas com sistemas educacionais muito precários”, afirma. Segundo ela, o governo deve trabalhar para uma educação de qualidade para todos e deve haver regras e regulamentos rígidos para prevenir o trabalho infantil, bem como haver “empregos decentes para adultos e jovens que tenham idade para trabalhar.

    Sua mãe, Christiana Arhen, se sente muito orgulhosa pelas ações da filha e conta que, após sua primeira viagem ao país africano, passou muito tempo fazendo perguntas sobre o que viu. “Ela me perguntava: ‘por que essas crianças estão vendendo na rua?’, ‘por que eles não estão vestidos e andam descalços?’. Ela ficou muito preocupada com isso “, disse.

    Doando seus próprios sapatos

    Nascida em Chicago, nos Estados Unidos, Kerry é filha de pais ganeses e cresceu vendo a família contribuir para o bem-estar de outras pessoas. “Eles arrumam comida e roupas para os necessitados. Eu sempre soube que estamos neste mundo para ajudarmos uns aos outros”, disse em entrevista à revista Authority.

    Os anos se passaram e Kerry não conseguia tirar as imagens das crianças de Gana da cabeça. No começo, adotou o hábito de doar seus próprios calçados e os transportava em suas malas em todas as viagens de férias que faziam ao país. “Mas isso não era suficiente”, concluiu.

    Com as ações da Fundação Kerry K, a sala de estar da família se transformou em uma espécie de sapataria em pouco tempo. “Temos muitas caixas empilhadas”, conta. Christiana lembra que, quando soube que a filha queria enviar sapatos para Gana, não imaginou que sua casa ficaria tão cheia.

    As doações recebidas são direcionadas às despesas do transporte dos calçados para Gana – segundo Kerry, o principal desafio de toda a operação é justamente custear o envio dos sapatos para o exterior. Para diminuir o impacto dessa etapa logística, ela já vem testando soluções. Criou uma página de financiamento coletivo e uma linha de cosméticos, por exemplo. Todas as receitas vão para os custos de envio. “Estou trabalhando para conseguir companhias aéreas que possam me ajudar a reduzir os custos também”, explica.

    Quem localiza as crianças que mais precisam das doações são os professores de escolas do país com quem Kerry entrou em contato para pedir ajuda. Depois de presentear essas crianças, ela distribui o restante para as demais que a procuram.

    “Ninguém me deu sapatos assim antes”

    A menina já enviou quase mil pares de calçados para Gana com sua organização, e conta que a reação das crianças faz com que todo o esforço valha a pena. “Simplesmente sinto alegria quando vejo sorrisos em seus rostos”, diz.

    As doações são entregues a crianças como Mary Jalisa, de 9 anos, que costumava ir para a escola descalça. “Ninguém me deu sapatos assim antes”, disse ela, exibindo-os via videoconferência para o jornal da CBS News. “Eu os uso na escola, na igreja, em todos os lugares”. A esperança de Kerry é motivar e inspirar outras pessoas. Com olhar maduro para os problemas sociais, ela acredita que suas atitudes podem incentivar outras ações. “A gentileza nunca é desperdiçada; se você for gentil, receberá de volta de uma maneira diferente”, defende.

    Fonte: UOL

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

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