Homem sobrevive a tentativa de injecção letal e é executado por asfixia com gás nitrogénio nos EUA, método condenado pela ONU Alan Miller, condenado à morte por assassinar três homens em 1999, foi executado nesta Quinta-feira (26) no estado do Alabama, nos Estados Unidos. Aos 59 anos, Miller foi submetido a uma execução por asfixia com gás nitrogénio, um método de execução extremamente controverso e condenado pela ONU.
Miller, que trabalhava como motorista de caminhão de entregas, cometeu os assassinatos durante tiroteios consecutivos no seu local de trabalho. A execução por asfixia com gás nitrogénio consiste em colocar uma máscara sobre a cabeça do condenado, forçando-o a inalar nitrogénio puro, o que leva à morte por privação de oxigénio. Segundo especialistas do Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas (ONU), essa técnica viola a proibição de tortura e de outras penas cruéis, desumanas ou degradantes, sendo considerada uma forma de punição desumana.
Nas suas últimas palavras, Alan Miller afirmou: “Eu não fiz nada para estar aqui”. Na sua defesa inicial, ele havia se declarado inocente por motivo de insanidade, alegação que foi posteriormente retirada. Um psiquiatra contratado pela defesa atestou que Miller sofria de uma doença mental, mas que a sua condição não era grave o suficiente para ser considerada como base para uma defesa por insanidade.
A execução de Miller, além de reacender o debate sobre a pena de morte nos Estados Unidos, levanta questões sobre a legalidade e a ética do uso do gás nitrogénio como método de execução, principalmente após a sua condenação por organismos internacionais de direitos humanos. Por: José Tchimuco