As habitações que vão ser postas à venda pela imobiliária Imogestin são destinadas fundamentalmente a pessoas de até aos 40 anos de idade, informou, no domingo, à Rádio Nacional de Angola, o director comercial da Imogestin, Gilberto Monteiro.
Em entrevista, o responsável mencionou os critérios de selecção de candidatos a moradias dos projectos habitacionais do Estado, sob gestão da imobiliária Imogestin, e referiu que o Executivo aprovou três regimes de venda de habitações e, em cada regime, 30 por cento dos candidatos seleccionados têm de ser pessoas com menos de 40 anos.
Um dos três regimes de acesso à compra de moradias é destinado às grandes empresas públicas e privadas. Os outros regimes são a venda dirigida aos funcionários públicos e a venda livre, sendo esta última também destinada a pessoas que trabalham por conta própria.
O director comercial da Imogestin esclareceu que, para as habitações que estão na província de Luanda, 40 por cento são para funcionários públicos, 30 por cento para as grandes empresas públicas e privadas e 30 por cento para a venda livre.
Gilberto Monteiro avisou que a Imogestin não vai admitir a dupla inscrição, que é quando um funcionário faz, individualmente, uma inscrição, mesmo sabendo que a sua empresa incluiu o seu nome numa lista enviada para a Imogestin para a compra de casas para os seus trabalhadores.
As empresas interessadas em resolver o problema habitacional dos seus funcionários podem enviar uma relação com mil nomes de candidatos, cem por cada província, com excepção de Luanda, que pode inscrever 250 trabalhadores. “Nós vamos verificar se realmente essas empresas têm os trabalhadores, cujos nomes estão na relação nominal”, disse Gilberto Monteiro, que acrescentou ao dizer que as empresas devem fazer prova de que descontam para a Segurança Social. “Quando enviarem os documentos para a Imogestin, as empresas passam a ter uma relação directa com a Imogestin, o que quer dizer que os trabalhadores dessas grandes empresas não necessitam de se candidatar individualmente, sob pena de a Imogestin anular a candidatura por dupla inscrição”, avisou o director comercial da Imogestin.
Gilberto Monteiro disse que, para a compra das moradias, os candidatos só serão aceites se respeitarem determinados requisitos, um dos quais é terem um salário compatível com a prestação que vão pagar ao longo dos anos. “Falamos sempre em prestação e não em renda, porque ninguém paga renda. Ninguém vive de arrendamento nessas centralidades, pelo menos na província de Luanda”, adiantou Gilberto Monteiro, que explicou que, no processo de comercialização de moradias, estão excluídos os que já tenham comprado casas ao Estado.
A Imogestin lançou o portal www.imocandidatura.co.ao, no qual os interessados podem obter as informações sobre o acesso às habitações e devem também utilizar a mesma via para fazer a inscrição, processo que ainda não começou.
Quando as pessoas enviarem as suas candidaturas, recebem automaticamente uma resposta de que a candidatura foi enviada com sucesso, devendo, cada candidato, ter um número de envio, com o qual os candidatos vão ser chamados de forma sequencial. “Quem enviar primeiro, é chamado e atendido primeiro”, prometeu o director comercial, que disse haver um número limite de casas disponíveis.
Fonte: Jornal de Angola.