“O Caçador Ilunga” é o título da mais recente obra de pintura de acrílico sobre tela da artista Fisty (Fineza) Teta, com a dimensão de 1.50 metros por 1.20 metros.
De acordo com a artista, na sua conta no Facebook, esta estatueta é símbolo de amor e resistência. A tradição oral dos Cokwe diz-nos que o velho Konde, soberano dos Lunda, na época fixados entre o Ka-lanyi e seu afluente Kasidishi, dentre os seus três filhos: Lweji, Cinyama e Cinguli, escolheu Lweji, a sua filha, para dar continuidade aos desígnios sócio-políticos da região”.
Conclui: “Com a morte de Konde, Lweji ascende ao poder, porém apaixona-se e casa-se com Cibinda Ilunga, caçador de grande mestria, filho mais novo do Soba, Luba, Kalala Ilunga. Esta união trouxe ao reino Lunda novas técnicas de caça, o que fez de Ilunga um jovem admirável à civilização Lunda”.
Fineza Teta nasceu a 26 de Dezembro de 1977 e é um dos rostos femininos mais conhecidos nas artes plásticas contemporâneas em Angola. Começou a criar alicerces no mundo das artes, no Instituto Nacional de Formação Artística e Cultural (INFAC), actualmente Escola Nacional de Artes Plásticas, onde fez a formação.
Em 2014, Fineza Teta participa pela terceira vez no prémio Ensa-Arte, onde foi a primeira mulher a vencer o Grande Prémio de Pintura, com a obra “Inquietação”. A sua obra “Vitória é Certa” está patente na exposição de escultura em prata, no Museu da Moeda, em Luanda, em homenagem aos 40 anos da Independência de Angola.
LITERATURA
Anciã de 80 anos lança obra literária na cidade de Lisboa
Teresa Costa, de 80 anos, tornou-se na angolana mais velha a estrear-se no mundo literário, ao lançar, no sábado, em Lisboa, o livro “O barulho das formigas”. Com o pseudónimo literário Jugédinhamateja, a sua obra infantil foi lançada numa cerimónia que contou com a presença do embaixador de Angola em Portugal, Carlos Alberto da Fonseca, familiares e amigos, soube o Jornal de Angola de fonte familiar.
A abordagem do livro gira em torno de duas formigas, Sultão e Kubí, que após se tornarem amigas partem para uma aventura, onde imperam valores como a solidariedade e companheirismo. “É uma estória repleta de simbologia, cooperação mútua, trabalho em equipa, e outras qualidades imperam na aventura”, disse a fonte, que adiantou que Teresa Costa tem na forja para os próximos meses o lançamento de um outro livro. A mesma deu a conhecer que Teresa Costa é uma mulher de cultura, tanto que gosta, também, de pintar e cantar.
Fonte: Jornal de Angola