O escritor angolano Ismael Mateus procede esta segunda-feira, no centro social da Emissora da Rádio Nacional de Angola em Benguela, ao lançamento da sua mais recente obra literária intitulada “Laços de Sangue”.
De acordo com uma nota enviada à Angop, o livro de 178 páginas do jornalista e professor universitário retrata a história de amor entre o agente João Baptista e a bela e doce superintendente Natália, ambos da Polícia Nacional.
A cerimónia de lançamento do “Laços de Sangue”, um romance ficcionado, vai ser marcada por uma sessão de venda e assinatura de autógrafos dos exemplares a serem comercializados ao preço de mil kwanzas/cada, contando com a presença de governantes, académicos, agentes culturais, políticos e religiosos.
A nota acrescenta que se trata de um romance policial, em que numa linguagem clara o autor procura trazer à reflexão dos leitores os diversos aspectos ligados ao comportamento actual das famílias angolanas, sendo a infertilidade masculina, o casamento sem filhos e a prostituição masculina as notas dominantes.
“Ele servo temente e fiel a Deus, homem manso, que sofre passivo as injustiças e perseguições do seu superior, o odiado oficial Carlos Caterça. Ela, incrédula, descrente de Deus, mas mulher forte e fiel, mãe e profissional valorosa, certa dos seus deveres e missão”, lê-se no documento.
Segundo a nota, na obra, com uma linguagem ágil, o autor vai tecendo histórias de vidas que se imbricam, dramas pessoais, personagens hilariantes, caricatas, vidas engraçadas, desgraçadas, factos que se revelam, enquanto, pouco a pouco, o novelo se desfaz.
No livro, cuja edição coube à União dos Escritores Angolanos (UEA), o autor mostra-nos que casar não é o suficiente, é preciso produzir rebentos, atestar a virilidade masculina e garantir a sucessão da linhagem familiar.
Além de “Laços de Sangue”, do universo de livros escritos por Ismael Mateus constam ainda os títulos “Bué de Bokas”, uma colectânea de textos de opinião lançada em 1992. Em 2000, coordenou a antologia “Angola, a festa e o luto”, publicando um ano depois o seu primeiro romance “Os tempos de Ya Kala Ya”.
Enquanto isso, em 2002, o escritor, que já publicou sete obras literárias, lançou o livro “Unita que futuro”, baseado em entrevistas por ele conduzidas em razão da morte de Jonas Savimbi.Já em 2003, publicou “Sobras de Guerra”, ao passo que o lançamento do primeiro caderno de poemas, “Experiências do Sentir”, aconteceu em 2005, sob os auspícios da UEA, da qual é membro.
FOnte: Angop