O Hip-Hop nasceu nas ruas de Nova Iorque, mas rapidamente ultrapassou fronteiras, transformando-se num movimento global de resistência, criatividade e transformação social. Em Angola, esse espírito encontrou um dos seus representantes mais genuínos e comprometidos: Francisco Nelson Manuel Fernandes Bernardo, artisticamente conhecido como Kool Klever.
Durante a sua participação no podcast Geração, transmitido pela TPA, Kool Klever falou com abertura sobre o poder do Hip-Hop como ferramenta de desconstrução de tabus e como motor de mudança social em Angola, sobretudo nos difíceis anos 80.
“Não éramos uma geração com uma voz política própria, mas fomos a geração que, por meio da arte – o Hip-Hop – conseguiu dar voz aos sem voz, provocar diálogos interessantes e acabar com vários tabus”, partilhou o artista.
Para além de rapper, Kool Klever é compositor, poeta e letrista, tendo deixado a sua marca em várias frentes da música angolana. Escreveu para nomes como SSP, Bruna Tatiana e Phathar Mak, demonstrando a sua versatilidade e profundidade artística.
Por: Ivaldimildo Matias