Recentemente, o artista K2, partilhou no programa Ficha Técnica, do canal Bom Som Channel, um episódio ocorrido durante um evento em Mbanza Congo. O cantor revelou que, ao solicitar um cachê de 300 mil kwanzas, foi prontamente informado de que, por ser kudurista, o valor “adequado” seria de apenas 150 mil kwanzas.
“Eu disse ao realizador que o meu cachê era 300 mil, ele respondeu: ‘Você é kudurista, kudurista é 150 mil’. Mas pagou 500 mil ao irmão Bambila. Eu fui com o cachê mais baixo”, contou.
Durante a longa viagem de Luanda até Mbanza Congo, K2 contou que, em todas as paragens, era o único artista reconhecido pelo público. Como forma de agradecimento, muitos fãs ofereceram-lhe espontaneamente dinheiro, totalizando cerca de 200 mil kwanzas, antes mesmo da actuação. O episódio, segundo o cantor, demonstra o impacto e reconhecimento que o kuduro ainda tem entre os angolanos, apesar da desvalorização financeira dos seus intérpretes.
K2 aproveitou a ocasião para criticar a disparidade nos pagamentos, frisando que artistas de outros géneros receberam valores muito superiores pelo mesmo evento. O músico deixou um apelo à valorização dos kuduristas, lembrando que, além de fazerem parte da identidade musical nacional, são frequentemente os mais ovacionados pelo público.
Por: Ivaldimildo Matias