Para as mulheres que desfilam com os saltos altos Jimmy Choo, a mudança não deve fazer muita diferença. Mas para os antenados com o mercado de luxo, a famosa grife de sapatos femininos celebrada em “Sex and the City” agora tem um novo dono, o grupo elamão Labelux GmbH. A holding, que ainda está longe de ameaçar a LVMH ou PPR, conta com um portfolio considerável que inclui a marca suíça de calçados Bally, a marca Derek Lam e a casa britânica de jóias, Solange Azagury-Partridge. A empresa teria pago US$ 800 milhões pela aquisição.
Pelo que se sabe, a Jimmy Choo estava nas mãos da Towerbrook Capital, que mantinha 83% das ações até 2007. O “rosto” da empresa, porém, era mesmo a ex-editora da Vogue Tamara Mellon, que possuía 17% das ações. Ao que consta, Tamara continuará a bordo do negócio, como diretora de criação da marca.
Segundo Reinhard Mieck, CEO da Labelux, “Jimmy Choo é uma marca maravilhosa com enorme potencial de crescimento”. Para ele, a grife pode se expandir, inclusive criar sinergias em todo o grupo.
Até o mês passado, porém, havia uma conversa no mercado de que Jimmy Choo – sim, ele mesmo, o criador da marca – poderia recobrar os direitos sobre seu nome. Não aconteceu. Choo abriu sua primeira loja em 1996, com muito sucesso, fazendo sandálias bem femininas para clientes high profile. Em 2001, porém, ele vendeu a empresa, que acabou ganhando fama mundial com várias menções da personagem Carrie Bradshaw na série “Sex and the City”. Em uma dessas menções, um ladrão ameaça Carrie em um beco de Nova York, dizendo “Me passa os Jimmy Choo!”.
( com epoca negocios)