“Lamento não ter um avião para lhe oferecer”: Trump confronta Ramaphosa com alegações de genocídio contra brancos na África do Sul

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Por: Pedro Falardo | Fonte: CNN Internacional

Washington, 21 de Maio de 2025 — A reunião entre o Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o seu homólogo sul-africano, Cyril Ramaphosa, decorreu num ambiente visivelmente tenso esta quarta-feira, na Sala Oval da Casa Branca. De acordo com a CNN Internacional, o encontro foi descrito como uma autêntica “emboscada” diplomática.

Trump aproveitou a ocasião para abordar de forma directa um tema sensível e amplamente explorado por sectores da extrema-direita internacional: as alegações de um suposto genocídio contra os Afrikaners — a minoria branca da África do Sul.

Durante a reunião, o Presidente norte-americano exibiu uma compilação de vídeos que, segundo a sua administração, documentariam crimes contra agricultores brancos sul-africanos. Em resposta, Cyril Ramaphosa, visivelmente constrangido, reafirmou o compromisso da África do Sul com a justiça e a igualdade:

“Opomo-nos totalmente a isso. Em 1995, adoptámos um documento que diz que a África do Sul pertence a todos os que lá vivem”, declarou.

Trump insistiu, questionando a falta de consequências legais para declarações e actos de figuras públicas no país africano:

“Mas porque é que não prenderam aquele homem? Aquele homem disse ‘matem os agricultores brancos’ e depois dançou”, afirmou, numa referência a um polémico episódio que envolveu cânticos de luta durante comícios políticos.

“Vocês permitem que eles confisquem as terras e, depois, quando as confiscam, matam o agricultor branco, e quando matam o agricultor branco nada lhes acontece”, acrescentou.

Numa tentativa de desanuviar o ambiente, Ramaphosa recorreu ao humor:

“Lamento não ter um avião para lhe oferecer”, disse, numa referência ao avião doado pelo Catar aos Estados Unidos, que será transformado no novo Air Force One. Trump, no entanto, respondeu com seriedade:

“Aceitaria, sim”.

O episódio gerou grande repercussão internacional, reacendendo o debate sobre o discurso político em torno da África do Sul e a forma como questões raciais e históricas continuam a ser instrumentalizadas no xadrez diplomático global.

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