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    Mais de quinhentos milhões de crianças em idade escolar não conseguem ter acesso à aprendizagem à distância durante o encerramento das escolas, diz o novo relatório

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    – Cerca de 40% das crianças em idade escolar do mundo – 580 milhões em todo o mundo – não tiveram acesso à aprendizagem à distância durante o período em que as suas escolas permaneceram encerradas, de acordo com um novo relatório publicado hoje pelo UNICEF à medida que os países de todo o mundo tentam concretizar os seus planos de “regresso à escola.

    O relatório sobre a Acessibilidade da Aprendizagem à Distância delineia as limitações da aprendizagem à distância e revela profundas desigualdades no que toca ao acesso. No auge dos confinamentos nacionais e locais, cerca de 1,6 mil milhões de crianças em idade escolar se viram confrontadas com as realidades da aprendizagem à distância, sendo que 4 em cada 10 dessas crianças ficaram sem acesso à sua educação. “A promessa de aprendizagem à distância para crianças que se vêem confrontadas com o encerramento das escolas durante a pandemia da COVID-19 está longe de ser uma realidade – mais de quinhentos milhões tiveram os seus estudos completamente interrompidos”, disse Henrietta Fore, Directora Executiva do UNICEF. “A escala em que as crianças em idade escolar ficaram sem acesso constitui uma emergência educativa global”. As repercussões poderão se reflectir nas economias e nas sociedades durante as próximas décadas.”

    O relatório faz uma análise globalmente representativa sobre o acesso de crianças em idade escolar à tecnologias e ferramentas domésticas necessárias para a aprendizagem à distância, com dados de 100 países. Os dados incluem acesso à televisão, rádio e internet, bem como a disponibilidade do currículo fornecido através dessas plataformas durante o encerramento das escolas. O relatório destaca a desigualdade significativa no acesso entre as diferentes regiões. As crianças em idade escolar da África Subsaariana são as mais afectadas, na medida em que metade do total desses alunos não consegue ter acesso à aprendizagem à distância durante os encerramentos. O relatório também revela que existe uma grande variação entre os níveis de renda entre os Região % de crianças em idade escolar sem acesso # de crianças em idade escolar sem acesso África Oriental e Austral 49 por cento 66 milhões África Ocidental e Central 48 por cento 54 milhões Ásia Oriental e Pacífico 44 por cento 179 milhões Médio Oriente e Norte de África 41 por cento 37 milhões Sul da Ásia 39 por cento 153 milhões Europa Oriental e Ásia Central 34 por cento 25 milhões América Latina e Caraíbas 9 por cento 13 milhões Global 38 por cento 580 milhões países, sendo as crianças dos países mais pobres as com maior probabilidade de ficarem sem acesso à aprendizagem à distância.

    Cerca de 6 em cada 10 crianças em idade escolar nos países de baixa renda não foram contempladas, comparativamente a 3 em cada 10 crianças dos países de média-alta renda. As crianças em idade escolar provenientes de famílias mais pobres e as que vivem em zonas rurais têm maior probabilidade de não ter acesso às aulas durante o encerramento das escolas, diz o relatório. Em todo o mundo, 49 por cento das crianças em idade escolar sem acesso às aulas vivem nos lares mais pobres dos seus países. Nos países de média renda, as crianças provenientes de famílias mais pobres representam até 86 por cento dos alunos sem acesso às aulas. Em todo mundo, três quartos das crianças em idade escolar sem acesso às aulas vivem em zonas rurais. O relatório faz igualmente menção a taxas variáveis de acesso entre grupos etários, sendo os estudantes mais jovens – durante os seus anos mais críticos de aprendizagem e desenvolvimento – os que maior probabilidade têm de ficar sem acesso a aprendizagem à distância: • Quase três quartos dos alunos do ensino pré-primário – 126 milhões – não tinham acesso às aulas, em grande medida devido aos desafios e limitações da aprendizagem online para crianças pequenas, à falta de programas de aprendizagem à distância para esta categoria de ensino, à falta de meios domésticos para a aprendizagem à distância, e à falta de capacidade dos pais de custear o ensino interactivo necessário para este grupo etário. • Cerca de 38 por cento dos alunos do ensino primário – 281 milhões de alunos – não tinham acesso às aulas. Cerca de 32 por cento dos alunos do primeiro ciclo do ensino secundário – 105 milhões dos alunos – tinham acesso às aulas. • Os alunos do segundo ciclo do ensino secundário eram os que menos probabilidade tinham de ficar sem acesso à aprendizagem à distância, com cerca de 26 por cento – 67 milhões – continuam sem acesso à aprendizagem à distância. O relatório exorta os governos a introduzirem a aprendizagem compensatória para compensar o tempo de instrução perdido na continuidade educativa e nos planos de reabertura.

    O relatório é o recente trabalho de investigação sobre a reabertura das escolas também sublinha a necessidade de se adaptar as políticas e práticas de abertura escolar com vista a alargar o acesso a grupos marginalizados, tais como crianças que anteriormente se encontravam fora do sistema de ensino, crianças deslocadas emigrantes assim como minorias. A campanha Reimagine do UNICEF visa impedir que a pandemia da COVID-19 se torne uma crise duradoura para as crianças, especialmente as mais pobres e mais vulneráveis. Através desta campanha, o UNICEF lança um apelo urgente aos pais, governos, público, doadores e ao sector privado para que se juntem ao UNICEF à medida que procuramos dar resposta, recuperar e reimaginar um mundo actualmente assolado pelo coronavírus. “Não podemos permitir que 40 por cento das crianças em idade escolar do mundo ponham a sua educação em pausa por tempo indefinido”, disse Fore. “Mesmo que façamos tudo que estiver ao nosso alcance para controlar a pandemia de modo a que as escolas possam reabrir em segurança, devemos também investir com urgência no acesso à aprendizagem à distância e noutras formas criativas de manter os nossos filhos a aprender e de os ajudar a recuperar o que já perderam.”

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