Contacto com a fama: Margareth do Rosário conta que seu primeiro cachê serviu para mudar o seu guarda-roupa e investir na sua imagem
Que nem todo mundo está preparado para ser famoso, poucas pessoas sabem, e com a nossa convidada da semana, Margareth do Rosário não foi diferente. A cantora contou que já chegou a chorar quando ouvia coisas negativas a seu respeito.
Margareth, que começou o seu percurso musical em 1990, no projecto Gala à Sexta-feira, ganhou maior projecção na sua carreira com a integração no grupo Melomanias, na qual fazia parte Yola Araújo, Nazarina Semedo e Djamila D’Alves.
Entretanto, foi graças ao suporte da sua mãe, que segundo contou, foi possível vencer as críticas que ouvia a seu respeito.
“Temos que estar preparados para as críticas, não viemos para agradar a todo mundo. Lembro-me que eu chorava quando me criticavam e eu falava, mãe vê só estão a falar de mim… e a minha mãe só dizia vai em frente, não desista, uma hora tudo isso vai passar.”
Com vários sucessos e uma carreira consolidada naquela altura, Margareth viajou não só pelo país inteiro, mas também pelo mundo fora, onde realizou vários concertos com maior destaque para Portugal e Brasil. Fruto deste sucesso, a cantora fez saber que decidiu investir o seu primeiro cachê na sua imagem e alterou o seu guarda-roupas.
“Naquela altura não tínhamos os cachês que temos hoje, nós antigamente começamos a cantar por valores muito pequenos, e falava-se muito em dólar, raramente falava-se em kwanza. O meu primeiro cachê foi de quinhentos dólares, organizei-me, comprei algumas roupas, investi na minha imagem e quando comecei a estar mesmo no auge, ajudei a minha mãe e os meus irmãos.
Apesar de que, desde cedo, Margareth sempre gostou de cantar e fazer playback nas festas de famílias, no seu momento do auge. Margareth fez saber que o seu maior desejo neste momento passa por ter por perto o seu pai e o seu avô, que de forma prematura deixaram de fazer parte do mundo dos vivos.
“Gostaria que o meu pai e o meu avô estivesse em vida, comecei a cantar e ter o gosto pela música por causa do meu pai, hoje sei dançar Tango porque o meu avô ensinou-me. Por isso eu gostaria que eles estivessem perto de mim, mas infelizmente Deus tirou-lhes a vida muito cedo, e eles não tiveram a hipótese de verem a neta e a filha a estar no palco, no auge com aquele sucesso todo.
Com uma estrada na sua carreira e longos anos de experiência e maturidade, Margareth, nossa convidada, deixa um conselho para todos os que estão e os que querem entrar para o mundo da fama:
“Acima de tudo seja humilde e habitue às pessoas com a tua simplicidade, porque se começas a mostrar que tens posses, vais ter que continuar assim e amanhã por alguma situação, quando não tiveres, vai se tornar ainda mais complicado. Para dizer que a fama não é fácil de ser gerida”, aconselhou.
Por: Ladina Wemana