Segundo a ministra da Educação, Luísa Grilo, em declarações à imprensa nesta quarta-feira (24), em Ndalatando, província do Cuanza-Norte, o país necessita de mais de 60 mil professores para responder à actual procura. Isso significa que, com a abertura do concurso público que prevê o recrutamento de pouco mais de 8 mil docentes, continuarão em falta mais de 50 mil profissionais, um défice que pode comprometer seriamente a qualidade do ensino.
A ministra explicou que esta escassez resulta do aumento do número de escolas e da saída constante de profissionais por aposentação ou outras razões. Enquanto isso, milhares de turmas continuam superlotadas, e há casos em que um único professor assume várias classes, o que afecta directamente o processo de aprendizagem. Acresce a isso o facto de ainda existirem mais de dois milhões de crianças fora do sistema de ensino.
De acordo com a titular da pasta, o Ministério da Educação está em articulação com o Ministério das Finanças para garantir quotas orçamentais por área de formação e disciplina, de modo a permitir novas admissões no futuro. No entanto, ainda não existe uma data definida para a realização de novos concursos, devido à falta de recursos financeiros.
Por: Luzingamu André