Luanda, 23 de Abril de 2025 – O Governo angolano mantém firme a meta de emitir 15 milhões de Bilhetes de Identidade (BI) até 2027, incluindo primeiras e segundas vias. A garantia foi dada esta terça-feira pelo ministro da Justiça e dos Direitos Humanos, Marcy Lopes, durante uma visita ao Centro de Produção do Bilhete de Identidade (CPBI), localizado no município do Kilamba, em Luanda.
Segundo o governante, está em curso um plano estratégico que prevê a descentralização progressiva da produção dos BI, com a instalação de impressoras municipais, capazes de garantir a emissão do documento em apenas 48 horas.
“A estratégia tem como prioridade garantir o acesso ao BI em zonas recônditas, como o Moxico Leste, avançando consoante a disponibilidade orçamental”, destacou Marcy Lopes.
📍 Aposta na descentralização e eficiência
A iniciativa surge após um diagnóstico ao sistema nacional de registo civil, que identificou fragilidades na centralização do processo de emissão. O objectivo, segundo o ministro, é reduzir os tempos de espera, aumentar a capacidade de resposta local e garantir maior inclusão administrativa, sobretudo para cidadãos fora dos centros urbanos.
Também foi anunciada a possível instalação de impressoras nas missões diplomáticas, em países com elevada concentração de cidadãos angolanos, para responder à crescente procura da diáspora.
🔐 Segurança e capacidade técnica
Marcy Lopes sublinhou que a segurança documental será mantida, com a autorização centralizada no CPBI, que continuará a realizar as validações finais dos processos.
Por sua vez, Victor Domingos, responsável pela administração do património, revelou que o CPBI – em funcionamento desde Outubro de 2019 – conta com mais de 100 técnicos e tem uma capacidade instalada para imprimir até 20 mil BIs por dia, embora actualmente esteja a operar com média diária de 12 mil documentos.