Por: Hélio Cristóvão
A modelo internacional angolana, Chelfa Caxino, recorreu às redes sociais para dividir uma situação desagradável que aconteceu consigo ontem, no Aeroporto Internacional Mariscal Sucre, em Quito, Capital do Equador, enquanto tentava embarcar para o Brasil (São Paulo), onde reside há quatro anos.
De acordo com as suas declarações, no momento em que tentava embarcar para o Brasil, com todas as documentações legais, uma supervisora não a deixou embarcar pelo facto de ter o Registo Nacional Estrangeiro Caducado. Consciente disso, a modelo solicitou um documento da Polícia Federal, que lhe permite sair e entrar no Brasil sem dificuldades, pois, segundo conta, “todo o emigrante que tem o RNE caducado durante a pandemia não deve ser impedido de entrar no país ou de fazer qualquer outro trabalho dentro do Brasil”.
Apesar de exibir o documento oficial que autoriza o seu embarque, e ter a confirmação da Polícia Federal, a mesma supervisora não autorizou o embarque. “Perdi o voo e perdi um trabalho. Foi então que accionei o meu advogado e percebemos pela resistência que se tratava de racismo, não havia razões, ela não queria que eu entrasse para o Brasil onde eu tenho até residência… senti todos os meus sonhos e conquistas a desmoronar, pois queriam me deixar lá durante dois dias”, disse.
Após o aparatoso incidente, o advogado da angolana recorreu à direcção da Companhia Aérea “Cota”, que fez o reembolso dos bilhetes de passagens para finalmente regressar ao Brasil.
“Confesso que me senti hipotente, um lixo, sem valor. Nós os emigrantes, também somos gentes, também temos Direito, também devemos ser respeitados, assim como devemos cumprir com as nossas obrigações no País onde emigramos, nós os Emigrantes geralmente evitamos falar da nossa legalização por ser um assunto delicado, infelizmente nós não podemos sair falando, por não conhecer o interior das pessoas e as suas intenções. Pequenos erros podem comprometer a nossa permanência no país”, escreveu nas redes sociais.