O uso de companheiros virtuais criados por inteligência artificial, seja como apoio emocional ou como substituto parcial das relações humanas, está a crescer em todo o mundo, e Portugal começa agora a sentir os primeiros sinais desta tendência.
Segundo uma matéria abordada no Jornal da TVI, nas redes sociais especialmente no TikTok multiplicam-se vídeos de jovens que “criam” o namorado ou a namorada ideal com a ajuda do ChatGPT e de outras ferramentas de IA. Pedem descrições, geram imagens e até simulam conversas. Nos Estados Unidos, mais de 70% dos adolescentes já interagiram com companheiros virtuais, seja por curiosidade, companhia ou necessidade de desabafo.
Em Portugal, o fenómeno ainda é recente, mas começa a ganhar força. Aplicações como o Replika ou o Character.AI estão a ser usadas por adolescentes que procuram um espaço seguro para praticar conversas, receber conselhos ou lidar com a solidão.
Especialistas alertam, contudo, para os riscos emocionais associados a este tipo de ligação: dependência, expectativas irreais e isolamento social. “A IA pode parecer empática, mas não sente. Isso pode afetar a forma como os jovens se relacionam com o mundo real”, explica uma psicóloga consultada.
Por Emília Santarosa






