Por: Stella Cortêz
“Estou mais perdida do que nos cursos de gestão de equipa em que me meti”
À espera do primeiro filho, a actriz, que se destaca pela participação no filme angolano Dias Santana, na Netflix, fez um ensaio fotográfico para registar a gravidez. A também empresária, gestante e radiante, posando para cliques das câmeras fotográficas da empresa Oasis Angola, conforme vídeo partilhado na sua página do Instagram, surge a usar diversos trajes em tom preto, os quais deixam evidenciar a enorme barriga.
Para dar cor à imagem divulgada na sua rede social, Neide Van-Dúnem começa por descrever que sempre teve domínio sobre todos os aspectos ligados à sua vida e, neste momento, abordar a propósito de si, num âmbito nada profissional, sente-se como um peixe fora da água e confusa.
“Tenho muito medo de não voltar a ser como era, de não ser a profissional focada e dedicada que sempre foi, por conta de tudo o que sempre ouvi sobre esta fase gestacional. O primeiro medo que tive e acho que também acontece com toda mulher é: Será que conseguirei ser uma boa mãe, dar uma melhor educação aos meus filhos, ter maturidade suficiente para cuidar de uma criança?! E isso, claramente que só vai acontecer com o tempo”, explicou.
A directora da revista Chocolate realçou, também, que as pessoas não se devem importar com a insegurança, pois não há nada de errado em aceitar que não dominamos tudo e que somos seres em constante evolução. “Eu, por exemplo, todas as mães que conheço hoje, para mim, são super mulheres. Porque?! Achei que fazendo filhos numa altura em que estivesse confortável fosse tornar o processo mais simples, prático e fácil. Sinto-me completamente alheia a tudo o que está a acontecer, as transformações no meu corpo, as mudanças hormonais e mal consigo imaginar que tipo de mãe serei. Estou mais perdida do que nos cursos de gestão de equipa em que me meti, mal sei ainda o sexo do bebê e já penso no que lhe serei capaz de ensinar quando tiver 12 ou 13 anos, estou a ir rápido demais”, disse.
A actriz questionou-se, ainda, sobre as dúvidas no que concerne a hora de amamentar, de trocar fraldas ou até mesmo se conseguirá acordar no calar da noite quando ouvi-lo/la chorar.
“E no trabalho, como será? Devo confiar numa babá? Onde encontrar uma? Mal sabia que existia sutiã específico para grávidas, imagina o resto! Tudo isso, sem contar que não sei em quanto tempo o meu corpo voltará ao normal. Se é que voltará. Mas não faz mal, eu aceitei o processo e sei que na hora certa as respostas chegarão, e não vou fingir que tenho tudo sob controle, porque não há nada de errado em não ter. Abracei as minhas dúvidas e medos e, hoje, apesar de me sentir num mundo completamente novo, sou grata por esta oportunidade de aprender e de amar incondicionalmente.” Finalizou.
