O Presidente da Nigéria, Bola Tinubu, anunciou a intenção de retirar o subsídio dos combustíveis, na segunda-feira, sem definir um prazo.
De acordo com a BBC, numa altura em que a inflação atinge valores altos no país, o recém-empossado Chefe de Estado nigeriano pretende acabar com o subsídio dos combustíveis para aliviar a pressão sobre as finanças públicas.
Esta medida vai aumentar o custo de vida na Nigéria, que embora seja rica em petróleo não tem capacidade para a refinação dessa matéria-prima, face às necessidades de mercado interno.
A Noticia surge numa altura em que notícias postas a circular na imprensa angolana que dão conta que o governo de Angola gastou 3,5 mil milhões de euros em subsídios aos combustíveis em 2022, 60% acima do ano anterior, segundo o relatório anual do Instituto de Gestão de Activos e Participações do Estado (IGAPE).
As administrações nigerianas anteriores tentaram, mas não conseguiram, acabar com o subsídio que foi inicialmente introduzido na década de 1970. Apesar da riqueza petrolífera da Nigéria, a limitada capacidade de refinação do país requer a importação de produtos petrolíferos, que são depois vendidos a um preço regulado pelo governo. No entanto, o subsídio aos combustíveis revelou-se um sorvedo significativo para as finanças públicas. Só no ano passado, consumiu impressionantes 4,3 trilhões de naira (US$ 9,3 bilhões; £ 7,5 bilhões), e um orçamento de 3,36 trilhões de naira foi alocado para o primeiro semestre deste ano.
O Presidente Tinubu enfatizou que o subsídio não pode mais ser justificado à luz dos desafios econômicos e de segurança da Nigéria. O país enfrenta taxas de inflação crescentes, altas taxas de desemprego que afectam um em cada três indivíduos e uma redução da produção em sua vital indústria petrolífera. Reconhecendo estas questões prementes, a nova administração planeia divulgar o seu roteiro económico nas próximas semanas. O Presidente Tinubu também destacou a necessidade de abordar as elevadas taxas de juro, que representam um obstáculo adicional à recuperação económica da Nigéria.