SINPROF realiza conferência para esclarecer sobre a greve dos professores que decorre um pouco por todo país
Por: Livano Domingos.
Fotos: Cambundo.
O Sindicato Nacional dos Professores (SINPROF) realizou hoje, sexta-feira, 16 de Dezembro, no auditório da Mediateca de Luanda, uma conferência de imprensa que serviu para esclarecer sobre a grave dos professores que decorre um pouco por toda Angola.
Durante a conferência, ficou esclarecido que a paralisação será feita em três fases, sendo que a primeira iniciou de 23 a 30 de Novembro de 2022, e a segunda de 6 a 16 de Dezembro, que terminou hoje, e a outra está prevista para acontecer de 3 a 31 de Janeiro do próximo ano, caso não haja um acordo entre os professores.
“Procuramos esclarecer os resultados das negociações e o terror que está a acontecer no país, atendendo a greve que estamos a levar a cabo e a segunda fase termina hoje, no entanto as ameaças, detenções de alguns sindicalistas que estão no exercício da sua função de piquete e delegado da greve, tal como prevê a lei da greve, são essas questões que temos vindo a denunciar quer aqui, quer nas instituições internacionais, o próprio país está violar a Constituição da República e a lei da greve”, disse o presidente do SINPROF, Guilherme Silva.
Sobre os vídeos postos a circular nas redes sociais em que surgem seguranças, empregados de limpeza, familiares de gestores escolares, Guilherme considerou ser uma postura reprovável. “Isto é reprovável e a todos os títulos, é a primeira em Angola, inédito, em que alguém de uma profissão não titulada vai exercer uma dada profissão, isso é crime à luz da lei. O que nós defendemos é a anulação dessas provas e que possamos fazer outras”, referiu.
“Nós precisamos ser valorizados, nós não estamos só a perseguir o salário, os objectivos de uma greve são económicos, sociais e profissionais, nós defendemos também que se deve ter merenda escolar, as escolas em que o aluno fica durante todo dia sem beber água, isso é grave, o excesso de alunos nas salas de aulas, carteira e outros itens”, lamentou.
Os professores exigem o cumprimento, por parte do Executivo, de alguns pontos constantes do caderno reivindicativo. Dentre os pontos destacam-se a regulamentação da monodocência na 5.ª e 6.ª classe.